Presos no Rio acusados de extorquir dinheiro de motoristas
De acordo com o delegado Alexandre Herdy, durante as investigações, ficou comprovada a obrigatoriedade do pagamento semanal à organização
© REUTERS / Pilar Olivares
Justiça Esquema
Em uma grande operação, coordenada pela Delegacia de Roubos e Furtos, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta quarta-feira (27), oito pessoas, acusadas de integrar uma organização criminosa especializada em extorquir de dinheiro motoristas de transporte alternativo. O grupo atuava nos bairros de Bangu, Santa Cruz e Campo Grande, na zona oeste da cidade.
Enrtre os detidos na Operação Irmandade, cinco estavam com prisão preventiva decretada pela Justiça e três foram presos flagrante pelos crimes de posse de arma de fogo e organização criminosa. Foram apreendidas duas armas de fogo, rádios comunicadores, telefones celulares e um veículo roubado, além de anotações relacionadas às atividades da organização.
De acordo com o delegado Alexandre Herdy, durante as investigações, ficou comprovada a obrigatoriedade do pagamento semanal à organização de um valor imposto aos motoristas de transporte alternativo que trabalhavam nos pontos explorados pela quadrilha. Aqueles que não pagassem o valor imposto eram proibidos de circular nessas linhas de transporte alternativo.
+ Justiça torna réu lutador que confessou agressão contra paisagista“A investigação mostrou que os motoristas que praticavam qualquer espécie de irregularidade ou atraso nos pagamentos eram punidos e obrigados a doar cestas básicas. Além disso, eles eram impedidos de trabalhar enquanto a cobrança não fosse paga”, acrescentou o delegado Herdy.Um dos presos na ação é o militar do Corpo de Bombeiros Rogério Frazão Ribeiro, que passou a ser investigado em 2018, por suspeita de ter ajudado na fuga de um dos integrantes da quadrilha, durante operação da Polícia Civil. Na ação, Lenilson Barros Soares conseguiu fugir, deixando para trás um fuzil calibre 7.62, colete balístico similar ao utilizado pela Polícia Civil, calças e coturnos de uso militar, além de carregadores de pistola, munição, e um veículo clonado. Lenilson foi preso, posteriormente com uma pistola Glock, calibre .40, com numeração raspada e adaptada com kit rajada, além de três carregadores e de munição para pistola automática.
+ Mulher é morta a tiros no Rio e namorado é suspeito de ser o mandanteOutro preso na operação foi Renato Alves de Santana, apontado como um dos líderes da organização criminosa, que atua principalmente na comunidade do Campinho, em Campo Grande. Santana foi preso no bairro de Paciência, na zona oeste, na localidade conhecida como Sete de Abril. Com informações da Agência Brasil.