MP vai investigar se houve 'terrorismo doméstico' no massacre em escola
Ex-alunos invadiram unidade de ensino e mataram oito pessoas; dupla cometeu suicídio logo em seguida
© Ueslei Marcelino / Reuters
Justiça Suzano
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, vai investigar o massacre que deixou 10 mortos na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (SP), na manhã desta quarta-feira (13).
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) foi instaurado por portaria, ainda ontem. A linha central é apurar possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios.
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Dois ex-alunos entraram na unidade de ensino e atiraram contra estudantes e funcionários. Depois, os atiradores cometeram suicídio no local. De acordo com informações da Polícia Militar, os responsáveis pelo ataque atiraram ainda contra o dono de um lava a jato, próximo à escola.
Em entrevista à TV Cultura, Smanio afirmou que é muito importante, no transcorrer das investigações, esclarecer qual a origem das armas utilizadas no ataque.
O objetivo é apurar a possível existência de organização criminosa que tenha colaborado para "eventual cometimento de crimes relacionados a terrorismo doméstico, como apontam os primeiros indícios", diz o órgão.
O termo terrorismo doméstico é usado para definir atentados terroristas cometidos por cidadãos contra o seu próprio povo ou governo.
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