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Alerj vai pedir investigação da atuação de snipers no Rio

Witzel afirmou em entrevista que os atiradores de elite já estão sendo utilizados pela polícia

Alerj vai pedir investigação da atuação de snipers no Rio
Notícias ao Minuto Brasil

10:15 - 01/04/19 por Notícias Ao Minuto

Brasil Polémica

A deputada e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Renata Souza (PSOL), disse que vai solicitar ao Ministério Público estadual que investigue todas as operações policiais de 2019 em que foram utilizados atiradores de elite pelas Polícias Civil e Militar.

O governador do Rio, Wilson Witzel, disse em entrevista ao 'Globo' e ao 'Extra', publicada nesse domingo (1º), que os snipers já estão sendo utilizados no Estado.

Segundo o governador, quem for flagrado portando um fuzil deve ser neutralizado de forma letal pelos atiradores. Quem avalia se o tiro será na cabeça ou em outra parte do corpo é o próprio sniper.

Souza acredita que Witzel esteja "dando uma licença para matar aos seus policiais". "Isso fere a constituição. É absurdo e escandaloso. Vamos representar ao Ministério Público pedindo uma investigação. Queremos saber os critérios e onde ocorreram essas ações . A utilização de snipers é apenas para situações complexas, como por exemplo quando há reféns", disse a deputada ao 'Globo'.

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Já o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio, Luciano Bandeira, reconhece que o governador tem legitimidade para ditar as políticas de segurança do Estado, mas a lei não permite o abate.

"Ao que me parece a legislação não permite isso. Decorre de uma conclusão lógica. Existe uma proposta no Ministério da Justiça de modificar a lei, para flexibilização do direito da legítima defesa para os policiais, para os agentes de segurança pública. Se há necessidade da mudança da lei, é porque hoje a lei não permite. E nós temos que andar na legalidade. Nós vivemos num estado, onde há pouco tempo atrás, se matou um morador de comunidade que estava segurando uma furadeira, quando ele fazia uma obra dentro de casa. Acho que existe um risco grande numa prática dessa. De se aumentar a morte de pessoas inocentes. A primeira preocupação do estado é a de preservar a vida de inocentes", disse Bandeira.

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