Candidíase: ginecologista dá dicas de como prevenir e tratar a doença
O uso de roupas molhadas ou úmidas, como biquínis e maiôs, por longas horas, pode gerar a candidíase, um tipo de infecção vaginal que gera bastante desconforto
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Lifestyle Verão
Com a chegada do verão, nada mais natural do que curtir dias de sol na praia e/ou piscina, para dar aquela tapeada no calor. Porém, o que começa como uma mera diversão, pode se transformar num pesadelo para a saúde íntima das mulheres.
O uso de roupas molhadas ou úmidas, como biquínis e maiôs, por longas horas, pode gerar a candidíase, um tipo de infecção vaginal que gera bastante desconforto. Por isso, conversamos com a doutora Michelly Motta, ginecologista formada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e professora de Medicina da Universidade Estácio de Sá, que esclareceu algumas dúvidas sobre tal.
Entendendo a candidíase: A candidíase é uma infecção causada pelo fungo Candida albicans, que se aloja na área genital, provocando coceira, secreção e inflamação na região. O micro-organismo vive em equilíbrio com as bactérias, mas, caso ocorra em excesso, gera o problema. Umidade e calor são alguns dos principais fatores favoráveis para a proliferação.
Quais as suas causas? O calor e a umidade deixam a região genital mais favorável para a proliferação do fungo. Por isso, sempre alertamos não ficar muito tempo com biquíni molhado, usar calcinha de algodão para não abafar tanto a região íntima, e até dormir sem calcinha. Além disso, o estresse e uso de antibióticos também favorecem o aparecimento da candidíase.
Existe tratamento? Sim, e é realizado com antifúngico oral e/ou tópico, na forma de creme vaginal, receitado previamente por um especialista.
Como posso prevenir a candidíase? Opte por calcinhas de algodão, em vez de outros materiais. Evite utilizar protetores diários e, não menos importante, não fique com biquínis ou roupas molhadas por muito tempo. Dormir sem calcinha também é um modo de espantar a proliferação de fungos e bactérias.
Dica valiosa: uma grande dica é o uso do óleo de coco, por dentro e por fora da vagina. Ele tem ação hidratante, antifúngica e antibacteriana. Pode ser usado toda noite. E ainda serve como lubrificante na relação sexual. Mas cuidado! Ele pode estragar o látex. Então, opte por modelos de preservativos que não possuam esse material.
Ida ao ginecologista: vale frisar que a busca por um ginecologista e a realização de um exame físico é indispensável, não só pelo diagnóstico precoce, mas também, pelo fato de que outras doenças podem causar coceiras vaginais. A automedicação não deve ser realizada em nenhuma hipótese.