Hábitos alimentares influenciam as chances de engravidar
O estudo analisou 519 pessoas (269 mulheres e 250 homens) submetidas a tratamentos para engravidar
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Lifestyle Fertilidade
A fertilidade é influenciada diretemente pela estilo de vida de cada ser humano. Esta é a conclusão de uma pesquisa realizada por cientistas brasileiros da Fertility Medical Group, clínica de reprodução assistida de São Paulo.
O estudo analisou 519 pessoas (269 mulheres e 250 homens) submetidas a tratamentos para engravidar. A investigação foi publicada no periódico Reproductive BioMedicine Online. A pesquisa avaliou a influência dos hábitos alimentares e sociais – como cigarro e álcool – na capacidade de desenvolvimento e qualidade de embriões produzidos in vitro e sucesso da gestação.
Como reporta o UOL, as 269 mulheres que participaram da pesquisa responderam a perguntas de múltipla escolha sobre a alimentação e outros hábitos como tabagismo, ingestão de bebidas alcoólicas, exercícios físicos e dietas para perda de peso.
O estudo também verificou o percentual de gordura e o índice de massa corpórea (IMC) de cada participante. Ainda sobre os hábitos alimentares, as pacientes foram questionadas em relação à frequência da ingestão de cereais, verduras, legumes, frutas, carnes em geral, leite e derivados, chocolate e refrigerantes.
“O estudo mostrou que o consumo de cereais, frutas e vegetais influenciam positivamente a qualidade do embrião, enquanto o consumo de bebidas alcoólicas e o hábito de fumar tem efeito oposto”, destaca o ginecologista e obstetra Edson Borges Jr., especialista em reprodução assistida, diretor científico do Fertility Medical Group.
Segundo a pesquisa, tanto o consumo de carne vermelha quanto o IMC da gestante podem diminuir as chances de engravidar.
A publicação explica a qualidade seminal é inversamente proporcional ao IMC e ao consumo de álcool e cigarro. Por outro lado, o consumo de frutas e cereais também se mostrou benéfico no caso deles.
O especialista alerta que a fertilidade da população humana tem declinado consideravelmente nos últimos anos de modo geral (atinge de 8 a 16% dos casais em idade fértil), até porque a maternidade têm sido postergada para mais tarde.
Além da idade, a queda também pode ser atribuída aos hábitos de vida modernos, como mostrou a pequisa.
A reportagem cita, por exemplo, que é possível que pacientes que tenham o hábito de fumar socialmente possam também beber socialmente. Assim como aqueles que têm o hábito de comer frutas, muito provavelmente também consomem verduras e legumes nas refeições. “Mas os achados da pesquisa reforçam principalmente a importância da orientação nutricional, não apenas para as mulheres, mas para o casal”, destaca o pesquisador.