DIU hormonal: os benefícios do dispositivo na menopausa
Além de anticoncepcional, diversos benefícios vem sendo observados, fazendo do DIU um aliado da mulher em diversas fases da vida
© Reprodução
Lifestyle Mulheres
O dispositivo intrauterino (DIU) hormonal é um método anticoncepcional que libera pequenas quantidades de levonorgestrel no útero. Este hormônio, um tipo de progesterona sintética, similar à produzida pelo organismo, é liberado pelo DIU diretamente no útero, com absorção no sangue não significativa, o que não acontece com os anticoncepcionais orais.
“O método é bastante seguro em caso de queixas de irregularidade menstrual ou fluxo menstrual muito intenso, que em casos extremos pode levar à anemia. Boa parte das pacientes que optam pelo DIU hormonal verificam a interrupção do ciclo menstrual ou uma redução considerável”, revela o Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP.
O DIU hormonal também é uma excelente opção para mulheres com fortes sintomas relacionados à TPM e cólicas menstruais.
Mais recentemente, o dispositivo vem sendo indicado para as mulheres na menopausa, que fazem reposição hormonal, mantendo os benefícios de proteção do endométrio, pela ação sistêmica dos estrogênios, mas evitando a administração do progestagênio que, em parte, antagoniza os benefícios da reposição hormonal.
Desta forma, conseguimos também prevenir eventuais efeitos colaterais, explica o Dr. Alexandre.
“Pode haver redução da chance de desenvolvimento de doenças, como o câncer de endométrio, pela interrupção da atividade do endométrio, e de câncer de útero, pelo efeito protetivo do hormônio liberado pelo dispositivo”.
Portanto, as mulheres que optam pelo uso do DIU hormonal, complementarão a reposição hormonal com os estrogênios, que poderão ser administrados pela pele, por meio de gel ou adesivos, ou via oral.
Leia Também: Hipertensão arterial e diabetes são a maior causa de falência renal