As 5 maneiras que seu cérebro reage aos conflitos
A psicóloga Shana Wajntraub explica que, em certas situações, os conflitos escorrem para a pessoalidade
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Muito se fala sobre conflitos produtivos no mundo corporativo. Já sabemos dos benefícios e do quanto trazem resultados para o negócio. Mas por que temos tanto dificuldade em lidar com os conflitos? A psicóloga, especialista em neurociência, Shana Wajntraub explica que, em certas situações, os conflitos escorrem para a pessoalidade. Debates podem ser muito produtivos se as pessoas envolvidas mantiverem um padrão profissional evitando o desrespeito. O que está em jogo em um debate deve ser a melhor solução para o caso e não quem “ganha a discussão". A psicóloga explica como nosso cérebro reage em 5 situações de conflitos:
1) Resposta de ameaça: O cérebro tem uma resposta inata de ameaça para situações de conflito. Quando nos sentimos confrontados, ele ativa o sistema de resposta ao estresse, liberando cortisol e a adrenalina. Essa resposta pode levar a uma reação de luta, fuga ou congelamento, que dificulta a capacidade de lidar de forma racional com a situação.
2) Ativação emocional: O conflito geralmente desperta uma resposta emocional intensa. A amígdala, uma região envolvida no processamento emocional, pode ficar hiperativa durante conflitos, levando a reações impulsivas e irracionais.
3) Vieses cognitivos: Somos suscetíveis a padrões de pensamentos que influenciam nossa percepção e interpretação de informações. Durante o conflito, esses vieses podem levar a distorções na forma como percebemos os outros e interpretamos suas intenções.
4) Dificuldade de perspectiva: O conflito pode dificultar a adoção de uma perspectiva ampla e flexível. O cérebro tem uma tendência natural de categorizar e simplificar informações para facilitar o processamento cognitivo.
5) Influência do sistema de recompensa: Durante o conflito, podemos sentir a necessidade de proteger nossa posição, em vez de buscar uma solução colaborativa. Esse impulso pode dificultar a disposição de encontrar um terreno comum.
Wanjtraub afirma que a conscientização destes mecanismos cerebrais pode ajudar a desenvolver estratégias para lidar com os conflitos de forma produtiva e, sobretudo, humanizada.