Cuidados paliativos: tratamento foi escolha de famosos antes de falecerem
Segundo dados da OMS, a cada ano, cerca de 56,8 milhões de pessoas, incluindo 25,7 milhões no último ano de vida, necessitam de cuidados paliativos
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TV Globo / Bob Paulino
Lifestyle Bem Estar
Algumas doenças crônicas ou ameaçadoras da vida, em determinadas condições e estágios, podem ser tratadas por meio de cuidados paliativos. Essa abordagem multidisciplinar preza pela preservação e promoção do bem-estar do indivíduo com a sua enfermidade. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a cada ano, cerca de 56,8 milhões de pessoas, incluindo 25,7 milhões no último ano de vida, necessitam de cuidados paliativos.
Dra. Lara Santiago, diretora da Kefi Saúde, empresa de Home care, explica ainda que o tratamento é geralmente adotado por pacientes que optaram pela realização desses cuidados de saúde em casa. “Em alguns casos, o ambiente hospitalar já não se faz mais essencial. Assim, os cuidados paliativos, que são tomados principalmente para aumentar a qualidade de vida daquele paciente, é realizado no próprio domicílio a fim de proporcionar mais conforto”, pontua.
Ainda pouco conhecido pela sociedade, o tema tem ganhado notoriedade após o falecimento da atriz Aracy Balabanian, ocorrido no último dia 7. A artista foi diagnosticada com câncer de pulmão, mas optou por receber cuidados paliativos em casa, ao lado dos seus familiares. Além da intérprete, outras figuras ilustres também optaram pelo tratamento para tornar o período em que enfrentavam suas doenças mais confortável. Relembre quais:
Pelé
Edson Arantes do Nascimento, conhecido popularmente como Rei Pelé, também esteve em cuidados paliativos antes do seu falecimento. O mais famoso e considerado o maior jogador de futebol de todos os tempos, enfrentou nos seus últimos anos uma batalha contra o câncer de colón. Segundo informações do Jornal Folha de S. Paulo, o astro já não respondia à quimioterapia e a doença já havia se espalhado para outros órgãos. O veículo ainda afirma que devido ao quadro, a equipe médica optou pelos cuidados para aliviar dores e desconforto.
Rita Lee
Uma das mais importantes e impactantes cantoras do Brasil, Rita Lee também precisou de cuidados paliativos durante o tratamento de um câncer de pulmão ao qual se arrastou por dois anos. Debilitada pelo avanço da doença, a artista recebia o suporte de enfermeiras em sua casa para amenizar os efeitos causados pelo tratamento do cancro que a atingiu. Rita contou com o suporte paliativo em domicílio até os seus últimos dias de vida.
Alda Meneghel, mãe de Xuxa
Sofrendo com complicações do Mal de Parkinson, a mãe da apresentadora Xuxa Meneghel, Alda Meneghel, também recebeu cuidados paliativos. Xuxa compartilhou em seu recente documentário que montou um aparato clínico em casa para o tratamento da mãe. A matriarca da família Meneghel, em seus últimos dias, já não possui qualquer movimento e nem fala, precisando assim dos cuidados de enfermeiros durante o dia todo.
Betty Lago
A atriz e modelo Betty Lago chegou a realizar várias cirurgias e diversas sessões de quimioterapia para se tratar de um câncer na vesícula, mas a doença não regrediu, chegando a comprometer seu fígado. Após a constatação de que não havia muito a se fazer, a artista optou por interromper seu tratamento e iniciar os cuidados paliativos, que ajudaram a amenizar seu sofrimento. Betty faleceu em casa, aos 60 anos, ao lado de familiares.
Jimmy Carter
O ex-presidente dos Estados Unidos também está na lista dos que optaram por cuidados paliativos. Após seguidas internações, o político decidiu terminar seus dias em casa, ao lado da sua família, ao invés de estar recebendo intervenções médicas em um hospital. Jimmy Carter faleceu aos 98 anos no seu rancho.
David Bowie e sua contribuição para os cuidados paliativos
O cantor britânico David Bowie também foi mais uma vítima do câncer, no caso dele de fígado. A sua relação com os cuidados paliativos se dá como paciente, mas de outra forma. Após a sua partida, Mark Taubert, especialista em Cuidados Paliativos do NHS, lhe escreveu uma carta apontando a importância do seu mais recente e último álbum “Blackstar” para sua profissão. Na obra David aborda temas como a morte, finitude e vida, temas no qual, segundo Mark Taubert, médicos têm certa resistência por não saber ao certo como abordá-los com seus pacientes em estado terminal.