Glaucoma: saiba como se prevenir da doença silenciosa
Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz enfatiza sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoce
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Principal causa de cegueira irreversível no mundo, o glaucoma é a lesão crônica no nervo óptico, responsável pela transmissão de informações visuais ao cérebro, que gera alteração e dificuldade na visão. De acordo com dados da SBO (Sociedade Brasileira de Oftalmologia), a silenciosa e irreversível doença acomete até 2,5 milhões de brasileiros acima de 40 anos.
Segundo a Dra. Ione Alexim, oftalmologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a realização do diagnóstico precoce é fundamental e pode prevenir a evolução da doença que geralmente apresenta sintomas apenas nos estágios mais avançados.
Os fatores de risco associados ao surgimento do glaucoma envolvem questões hereditárias, idade superior a 40 anos, alto grau de miopia (acima de seis), diabetes e córnea fina. “É crucial que todas as pessoas consideradas dentro do grupo de risco mantenham acompanhamento médico oftalmológico ao menos uma vez ao ano”, aponta a médica.
Existem quatro tipos diferentes de glaucoma, de acordo com a médica:
Glaucoma crônico de ângulo aberto: é o tipo mais comum, os pacientes são assintomáticos, a perda visual ocorre de forma lenta e progressiva, sendo identificada em fases mais avançadas da doença. Afeta principalmente a visão periférica lateral.
Glaucoma de ângulo fechado: segunda manifestação mais recorrente, ocorre quando há um embaçamento visual, ocasionado pelo aumento súbito da pressão intraocular, além de dor exacerbada na região.
Glaucoma congênito: pode acontecer nos primeiros meses de vida, é raro e ocorre quando a criança já nasce com a doença devido má formação, exigindo tratamento imediato após o diagnóstico.
Glaucoma secundário: é causado por fatores externos que elevam a pressão intraocular, como hipertensão arterial, diabetes, uso excessivo de medicamentos, como corticosteroides, além de tumores e inflamações.
Sintomas como perda gradual da visão lateral, dor súbita na região, visão piorada, olhos vermelhos e inchados, náuseas, dores na testa, lacrimação, sensibilidade à luz, nebulosidade na parte frontal do olho e aumento de um ou ambos os olhos podem surgir, indicando a necessidade de acompanhamento médico para evitar a progressão da condição.
Diagnóstico e tratamento
A Dra. Ione Alexim enfatiza a importância de procurar o oftalmologista regularmente para avaliar a condição dos olhos. “Consultas e exames anuais auxiliam no diagnóstico precoce e permitem intervenções, que podem retardar o avanço do glaucoma, ajudando a evitar a cegueira irreversível, além de auxiliar os pacientes a manterem a independência e autonomia”, afirma a médica.
Conforme a especialista, o tratamento clínico pode ser realizado com o uso de colírios e laser, a fim de diminuir os níveis de pressão intraocular. Porém, dependendo do quadro clínico do paciente, pode ser avaliado a realização de procedimento cirúrgico.
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