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Comer carne à noite pode fazer mal?

A médica Consolação Oliveira esclarece se a ingestão de carne no período noturno atrapalha o organismo

Comer carne à noite pode fazer mal?
Notícias ao Minuto Brasil

agora mesmo por Rafael Damas

Lifestyle Bem Estar

A carne é uma iguaria que faz parte do cardápio do brasileiro diariamente. Não à toa, o Brasil é considerado o quinto país que mais consome a proteína no mundo. Seja no almoço, jantar ou durante as beliscadas durante o dia, a população está habituada a consumir carne, o que pode gerar desconfortos em algumas pessoas quando feito em horários como à noite. É o que explica a médica Consolação Oliveira.

 

“Existem alguns tipos de carne que são naturalmente mais difíceis de digerir, como a vermelha. Principalmente as mais gordurosas ou que são preparadas fritas. Isso significa que o consumo durante a noite não é indicado, pois pode sobrecarregar o estômago devido à dificuldade de digestão num período em que o organismo está se preparando para limpar as células, desacelerar e repousar, que é a noite”.

A médica esclarece que a faixa etária também influencia na digestão da carne. “Idosos devem evitar comer carne no final do dia, já que o organismo das pessoas nessa idade já não tem tantas enzimas digestivas que são importantes para o metabolismo e boa digestão dessas proteínas”, esclarece Consolação Oliveira.

Mas evitar o consumo de carne pode ser difícil no Brasil. A projeção para este ano é que ele deve crescer no país e chegue a uma média de 103 quilos por pessoa, segundo dados da Consultoria Cogo Inteligência Agro. Diante de um consumo crescente, a médica pontua que alguns fatores devem ser considerados quando não se abre mão de comer aquela carninha à noite.

“Temos que levar em consideração quatro aspectos: qual o tipo de carne vai ser consumida, em que quantidade, qual a idade dessa pessoa e se ela vai dormir após se alimentar. Com essas quatro informações, podemos avaliar melhor o consumo”, explica.

E quem pode consumir carne à noite?

Pessoas mais jovens tendem a digerir melhor a carne à noite em comparação com quem tem mais idade. “Além disso, é importante não dormir imediatamente após comer, pois a energia gasta com a digestão de uma proteína durante o sono pode prejudicar a qualidade dele e ainda gerar gases e outros desconfortos”, adverte a médica.

Carnes brancas e magras são as melhores opções

As carnes magras como o frango e os peixes tendem a ser as melhores opções no jantar. “Aquele filé de peito de frango e tilápia grelhados ou até mesmo um salmão vão muito bem nesse horário. E lembre-se: o jantar deve acontecer entre 19h e 20h e a quantidade de carne deve ser equilibrada, de 100 a 150 gramas por porção”, explica a médica especialista em alimentação saudável.

De acordo com Consolação Oliveira, a orientação é evitar o consumo de alimentos pesados como um todo. “A carne vermelha e a suína são proteínas mais pesadas. Quando unimos elas a outros ingredientes, como em uma feijoada, a refeição fica ainda mais pesada. Pensando nisso, é importante evitar não só as carnes de difícil digestão, mas todo prato que naturalmente seja mais pesado e forte durante à noite”.

Período noturno é o momento de limpeza do organismo

A médica faz uma analogia entre corpo humano e o funcionamento de um banco para explicar o que acontece com o corpo durante a noite. “Às 18h ou 19 horas, o banco encerra o expediente. O que é que acontece nesse momento? Entra em cena a equipe de limpeza. Eles vão limpar o local e descartar clipes, gominhas, papéis, ou seja, as sujidades que estão ali naquele banco. Se chegar um carro forte, cheio de dinheiro, ninguém vai contar dinheiro essa hora da noite. Por quê? Porque a limpeza está acontecendo. E o nosso corpo também não é diferente. À noite encerramos o expediente e a equipe de limpeza começa a limpar tudo - como cérebro e fígado. Isso vai direto para o sangue para que seja excretado através da urina e fezes", completa.

“Mas se você comer alimentos pesados à noite, não tem sistema digestivo apto ou enzimas para digerir esses alimentos que vão ficar ali e que podem, inclusive, gerar refluxo e, por consequência, o comprometimento de outras áreas do corpo”, finaliza.

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