Estudo aponta fragilidade física como sinal precoce de demência; entenda

A descoberta foi revelada num estudo publicado recentemente na JAMA Network

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Lifestyle Doenças neurodegenerativas Há 6 Horas POR Notícias ao Minuto

Um estudo recente publicado na JAMA Network revelou que a fragilidade física crescente pode ser um sinal precoce de demência, manifestando-se de quatro a nove anos antes do diagnóstico. A pesquisa sugere que, além de ser uma consequência da demência, o declínio físico também pode ser uma causa da doença. "Os dados sugerem que a fragilidade física contribui para o início da doença", afirmou o médico David Ward, coautor do estudo, em comunicado à imprensa.

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O estudo avaliou 28 mil voluntários com uma idade média de 71 anos ao longo de duas décadas. Os pesquisadores analisaram pelo menos 30 indicadores de fragilidade física por meio de questionários regulares, buscando entender a relação entre o declínio físico e a incidência de demência.

Os principais indicadores analisados foram:

-Andar 100 metros sem se cansar;-Sentar-se por duas horas sem sentir dores;-Ter força para levantar-se sozinho de uma cadeira;-Subir escadas;-Agachar-se ou ajoelhar-se;-Levantar os braços acima dos ombros;-Ter força para levantar cinco quilos;-Empurrar objetos grandes, como um sofá;-Vestir-se e tomar banho sozinho;-Fazer compras sem auxílio;-Pegar uma moeda sobre uma mesa;-Comer sem ajuda;-Levantar-se da cama sozinho.

Os resultados indicam que dificuldades nesses aspectos podem ser sinais de alerta para o desenvolvimento da demência.

A demência é um termo amplo que engloba várias condições, como o Alzheimer (sua forma mais comum) e o Parkinson. Essas doenças afetam funções cognitivas como memória, linguagem e orientação no tempo e espaço. Estima-se que cerca de 40% dos casos de demência podem ser prevenidos ou atrasados com intervenções adequadas, como mudanças no estilo de vida e cuidados médicos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), há atualmente 47,5 milhões de pessoas com demência no mundo. Esse número pode chegar a 75,6 milhões em 2030 e quase triplicar até 2050, atingindo 135,5 milhões. A OMS destaca a importância de ações preventivas e investimentos em pesquisas para frear o impacto global da doença.

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