A internet pode estar criando novos distúrbios mentais
Que o ‘doutor Google’ não é amigo de ninguém, todos nós sabemos (ou pelo menos, deveríamos saber). Mas, e se for a internet culpada pelos novos distúrbios mentais da atualidade?
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Lifestyle Mente
Info-dependência. Síndrome de Identidade Online. Fluxo Oco. Sangramento Computacional. Estes são alguns exemplos dos muitos distúrbios mentais causados pela internet e que se manifestam cada vez com mais frequência e entre mais pessoas.
O ‘Dr. Google’ é apontado como um dos maiores inimigos da ansiedade, mas a verdade é que é também um dos culpados pelas doenças mentais dos dias de hoje, juntando-se à lista de causas as redes sociais, os dispositivos móveis, os blogs, os fóruns, as tendências online e tudo o que se pode fazer enquanto se está ‘navegando’ online.
David McCandless, autor britânico, criou um documento no qual lista uma série de problemas mentais causados pela internet e que vão muito além dos mencionados nas primeiras linhas deste texto.
Em ‘Inter Mental’, McCandless divide as doenças por categorias, mostrando que a dependência causada pela internet é bem mais grave e intensa do que as pessoas pensam.
Deste modo, o autor categoriza, assim, os distúrbios mentais provocados pelo mundo online: Efeitos Cognitivos, Controle de Impulso, Estados Alterados, Distúrbio de Identidade, Ingestão Excessiva, Padrões de Comportamento e Dependência.
Entre as doenças mentais causadas pelo uso recorrente e excessivo de internet, o britânico inclui o ‘Sangramento Computacional’, o ‘F.O.M.O.’ (fear of missing out, ou medo de perder algo online), o ‘Wiki-ism’ (uso da Wikipedia como fonte para tudo) e a ‘Flacidez Crítica’ (o contrário do sintoma anterior. Aqui, a pessoa duvida de tudo o que vê online).
Há ainda espaço para ‘Smart Tick’ (ou seja, o recurso ao celular em todos os momentos em que se fica sozinho), ‘Dingeing’ (comparar o reencontro com o telefone com aquele que teria com alguém querido) e ‘Impulsividade’ (não conseguir resistir à internet).
‘Hypermind’ (não conseguir estar online sem ter ‘mil e um’ links abertos), ‘Newgoggles’ (consumo de informações trágicas sem que haja um impacto emocional) e ‘Seleção do Buraco da Minhoca’ (dependência de ranking e votações para saber o melhor) são outras das condições causadas pelo uso viciante de internet, onde se incluem ainda ‘Infoglut’ (consumo excessivo de informação, sem ‘digeri-la), ‘Infogestion’ (dores de cabeças constantes, queimaduras na face, olhos vermelhos, etc.), ‘Info-craving’(vontade de querer mais e mais informação, como se de comida se tratasse), ‘Queimadura de Tela’ (sensação de tempo perdido online, podendo causar raiva), ‘Depressão Bloqueada’ (sensação de estresse causada pelo número de mensagens e e-mails que ficaram por ler) e ‘Obstipação de Conteúdos’ (ter muitos conteúdos guardados para ler mais tarde).
O britânico revela ainda a existência de estados de‘Piloto Automático’ (ter comportamentos repetidos e rotineiros quando se está online), ‘Alergia a E-mail’ (sintomas físicos idênticos aos da alergia perante uma caixa de e-mail, especialmente quando está cheia de mensagens por ler), ‘Sobrecarga’ (necessidade de seguir todas as tendências online) e Divórcio’ (quando um casal está junto mas cada um usando o seu celular), ‘Dependência de Informação’ e ‘Vício de consumo de Informação’.
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