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Livro enfoca conflitos e desafios na América Latina

O livro é resultado do projeto “Extraterritorialidades, entrecruzamento de soberanias e fontes de conflito na América Latina”, coordenado pelo Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da UNESP

Livro enfoca conflitos e desafios 
na América Latina
Notícias ao Minuto Brasil

16:08 - 17/07/16 por Notícias Ao Minuto

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O livro 'Territorialidades, Conflitos e Desafios à Soberania Estatal na América Latina', organizado por Luis Fernando Ayerbe, professor da Faculdade de Ciências e Letras da Unesp de Araraquara e coordenador do Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da Unesp, e publicado pela Fundação Memorial da América Latina, está disponível para acesso gratuito em: http://migre.me/ukSxB

O livro é resultado do projeto “Extraterritorialidades, entrecruzamento de soberanias e fontes de conflito na América Latina”, coordenado pelo Instituto de Estudos Econômicos e Internacionais da UNESP (IEEI-UNESP). Nos seus 11 capítulos e no apêndice estatístico são abordadas problemáticas emergentes associadas à governabilidade e ao conflito, tomando como referência processos de desterritorialização e reterritorialização que resultam de políticas estatais, ação de movimentos sociais, organizações armadas, redes de crime organizado, grupos étnicos, empresas e potências regionais.

Os capítulos 1 a 6 focalizam a perspectiva do governo dos Estados Unidos, cuja agenda de segurança identifica "espaços não governados", associados a territórios com baixa presença do Estado, que favoreceriam a atuação do crime organizado, terrorismo e movimentos sociais antagônicos com sua política externa. Como resposta, são propostas iniciativas dirigidas a capacitar e equipar as Forças de Segurança locais, na perspectiva de promover uma reterritorialização centrada no fortalecimento da capacidade operativa e de controle estatal sobre os espaços nacionais, destacando-se como exemplos programas implementados pelas administrações de Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, como o Plano Colômbia, a Iniciativa Andina, a Iniciativa Mérida, a Iniciativa de Segurança Regional Centro-americana e a Iniciativa de Segurança para a Bacia do Caribe.

Nos capítulos 1, 2 e 3, Luis Fernando Ayerbe, Luiza Mateo, Aline dos Santos e Carlos Oliva Campos situam os contornos mais amplos da política externa dos Estados Unidos após o fim da Guerra Fria, com ênfase na América Latina, se detendo na crescente importância atribuída a noções como “Estados Falidos” e “Áreas não Governadas”, problematizando, a partir de documentos oficiais, estudos de think tanks e literatura acadêmica, os alcances e limites de uma perspectiva fortemente ancorada nos interesses da grande potência. Nos capítulos 4, 5 e 6, Gary Prevost, Alberto Montoya Palacios e Marcos Alan Ferreira colocam em discussão estudos de casos latino-americanos sobre a aplicação da perspectiva estadunidense da falência de Estados e de governança: Haiti, a fronteira Colômbia-Equador e a Tríplice Fronteira Argentina-Brasil-Paraguai, mostrando as suas limitações quando situadas no terreno das complexidades de cada realidade e a partir de pontos de vista que incluem os atores locais.Ampliando a abordagem do tema para além da visão desde os Estados Unidos, os capítulos 7 a 11 se detêm na discussão de situações de conflitos com foco nas determinantes locais e regionais, refletindo interesses de movimentos sociais, grupos étnicos e agentes privados, atores que emergem como parte da aceleração da globalização nas últimas décadas, aprofundada, na sua dimensão econômica, pelas reformas do “Consenso de Washington” implementadas na maioria dos países da região. Nesse cenário de redefinição de territorialidades, interatuam empresas multinacionais, protagonistas ativas do processo de liberalização, junto a movimentos sociais de diversa natureza, protagonistas reativos à diminuição do Estado, que buscam a autoproteção construindo alternativas à lógica dos mercados e/ou afirmam identidades frente às dinâmicas culturais homogeneizantes oriundas da realidade global.

Nos capítulos 7 e 8, Harry Vanden e Ignacio Medina abordam a emergência de situações de conflito que expressam temas sensíveis nas preocupações dos Estados e populações centro-americanas, como o crime organizado e as disputas territoriais entre países, colocando em evidência a presença de fatores causais que vem das confrontações ideológicas que pautaram os anos da Guerra Fria.

No capítulo 9, Sandra Colombo toma a UNASUL (União das Nações Sul-americanas) como palco de interlocução sub-regional em que afloram convergências e divergências de interesses, estratégias e agendas dos atores estatais, sociais e privados.

No capítulo 10, Bernardo Mançano conceitualiza a temática da territorialidade e do conflito desde uma perspectiva que leva em conta a lógica reivindicativa das lutas envolvendo movimentos camponeses e agronegócio no Brasil.

No capítulo 11, Marcelo Santos aborda os conflitos sociais associados à exploração de recursos naturais no Equador e Peru. Completando a análise desenvolvida nos capítulos, é apresentado um Apêndice contendo tabela elaborada por Adalton Oliveira, em que mapeia os conflitos envolvendo empresas e sociedade civil na Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai e Venezuela. A versão preliminar dos textos do livro foi debatida pelos autores em Seminário realizado no Memorial da América Latina, na cidade de São Paulo, em setembro de 2011.

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