Não ter amigos pode ser tão prejudicial quanto fumar, diz estudo
Não ter amigos está associado ao aumento da produção de uma proteína que pode provocar um infarto e/ou derrame
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Lifestyle Saúde
Os amigos são um dos maiores prazeres da vida. Os momentos divididos com eles, quer sejam de alegria ou de tristeza, ficam marcados na memória, e ajudam a tornar a vida mais leve e feliz. Há quem diga que prefere perder um relacionamento a perder uma amizade verdadeira e a psicologia já estudou exaustivamente sua extrema importância para a vida humana.
Ter amigos faz bem não só para a alma, mas para a saúde. Um estudo realizado por um grupo de investigadores da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, nos Estados Unidos, e publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences, revela que os vínculos sociais podem contribuir tanto para a longevidade como praticar exercício físico e manter uma alimentação saudável.
Agora, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, concluiu que não ter amigos podem ser tão prejudicial para a saúde quanto fumar.
De acordo com a pesquisa, publicada recentemente na revista científica Proceedings of the Royal Society B, manter um círculo social pequeno está associado ao aumento da produção de uma proteína coagulante que pode provocar enfartes e derrames.
Como reporta a revista Veja, em situações ‘normais’, o aumento da produção desta proteína é desencadeado em resposta a uma lesão ou perda de sangue. No entanto, em excesso, pode prejudicar a saúde ao aumentar a pressão sanguínea e provocar o depósito de gordura nas artérias. Acredita-se que a solidão também atue como um fator estressante e desencadeante de fibrinogênio no sangue.
Neste estudo os cientistas compararam os níveis da proteína coagulante fibrinogênio com o número de amigos e familiares na vida dos indivíduos analisados. Os resultados mostraram que à medida que o número de pessoas no círculo social de alguém diminui, maior é o nível de fibrinogênio no sangue. Por exemplo, as pessoas com apenas cinco pessoas no seu círculo social tinham um nível da proteína 20% maior do que aquelas com 25 amigos e familiares.
Os cientistas concluíram ainda que uma redução de dez a 12 pessoas no círculo social de alguém tem um impacto nos níveis do coagulante semelhante ao provocado pelo tabagismo.
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