Mulheres fumantes podem ser 20% menos férteis, diz estudo
Estudo aponta ainda que as mulheres dependentes de nicotina têm duas vezes mais probabilidades de ter atrasos durante o processo para engravidar
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Lifestyle Cigarro
Considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a principal causa de morte evitável em todo o mundo, o tabagismo implica danos, por vezes irreparáveis, na saúde humana. No caso das mulheres, o tabaco pode afetar a reprodutividade em valores alarmantes.
É o que confirmam os resultados de uma pesquisa recente realizado pelo 'Instituto Nacional do Câncer' (Inca), no Brasil. De acordo com o estudo, as mulheres que fumam e não usam métodos contraceptivos hormonais apresentam uma redução de 75% para 57% na taxa de fertilidade, duas vezes mais possibilidade de atrasos durante o processo de concepção e 30% mais probabilidades de serem totalmente inférteis.
E, como reporta a revista Claudia, as consequências podem ser ainda mais drásticas, segundo revela a ginecologista, obstetra e hematologista, Dra. Mariana do Rosário: "Aquelas que consomem 20 cigarros diários diminuem em 22% as suas possibilidades férteis; já as que queimam mais de um maço por dia, minimizam em 43%. A prática também propicia uma entrada prematura no processo de menopausa."
O risco “de uma gravidez ectópica, desenvolvida fora do útero (nas trompas ou no ovário) também aumentam", explica a médica.
O fluído folicular do ovário é a peça-chave para entendermos, cientificamente, todos os malefícios que o cigarro pode trazer para as mulheres. Este tecido é responsável por embeber os folículos dos ovários, extremamente vascularizados, onde se localizam as nossas células germinativas - que por serem tão novinhas, ainda não se diferenciaram das demais. Elas são as maiores vítimas do tabagismo: são mortas pela presença da nicotina na nossa corrente sanguínea, ocasionando, portanto, a aceleração da menopausa.