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A Doença de Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum de demência. Ela provoca deterioração progressiva e irreversível de funções cognitivas, como a memória, a concentração, a linguagem e o pensamento. Indivíduos afetados pelo mal de Alzheimer sofrem alterações no comportamento, na personalidade e nas capacidades funcionais.
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Alguns sinais indicam quando uma pessoa está começando a desenvolver a doença de Alzheimer, de acordo com o neurologista do Hospital São Camilo, Edson Issamu, sendo os mais comuns:
1) Comprometimento da memória recente;
2) Comprometimento das funções cognitivas (deterioração da linguagem, da capacidade de raciocinar, fazer cálculos e outros processos);
3) Comprometimento das funções visuais e espaciais (capacidade de reconhecer objetos e suas relações no espaço e distância);
4) Distúrbios de comportamento, que podem ocasionar agressividade, depressão e alucinações;
5) Deterioração variada das atividades da vida diária;
Tratamentos para minimizar os sintomas
É importante reforçar que ainda não existe cura para Doença de Alzheimer. Os tratamentos recomendados visam estabilizar a doença e minimizar as perdas que as alterações cognitivas e comportamentais podem trazer. O primeiro tratamento é o medicamentoso, no qual se utiliza uma categoria especifica de medicamentos chamados de anticolinesterásicos. O segundo tipo é o não Medicamentoso, a base de técnicas de reabilitação cognitiva, sejam especificas ou individuais, para treino de memória, nova realidade de aprendizado, estratégias compensatórias, terapia de orientação de realidade, entre outras.
Entende-se que a combinação entre os dois tipos de tratamento podem trazer mais benefícios do que apenas o tratamento medicamentoso. Devemos lembrar também que o tratamento não medicamentoso deve ser individualizado, abrangendo as deficiências especificas de cada paciente, não havendo assim uma "receita" ou modelo pronto para todos os casos.
Orientação adequada aos cuidadores e familiares
É fundamental que os familiares próximos e as pessoas que frequentam o cotidiano do paciente com Doença de Alzheimer tenham as devidas orientações sobre a doença, sobre o estado do paciente, sobre como pode ser a evolução e as expectativas que podem ter em relação ao doente e à doença. Isto é muito importante para diminuir expectativas infundadas ou irreais, evitando tensões de relacionamento muito prejudiciais entre os envolvidos e a deterioração da saúde mental e emocional do familiar/cuidador e do próprio paciente.