A deficiência de vitamina D no âmbito popular sempre teve maior relação com a saúde óssea - porém sua suplementação já é relacionada à performance muscular há décadas. Estudos monstram que já em 1927 alguns atletas nadadores alemães foram submetidos à irradiação por lâmpadas ultravioleta a fim de elevar a quantidade de vitamina D e melhorar a performance - desde então essa prática ganhou notoriedade.

De acordo com o Nutricionista Hugo Comparotto “considerando a saúde musculoesquelética de idosos, este tema vem ganhando grande destaque na ciência desde meados dos anos 2.000, mostrando melhora no funcionamento neuromuscular, resultando em melhor tempo de reação, equilíbrio e força muscular, quando se tem níveis mais adequadados de vitamina D. A maioria dos estudos, tanto com idosos e praticantes de atividade física ou atletas, monstram esta relação positiva entre a vitamina D e o aumento de força muscular, o que podemos extrapolar para hipertrofia, já que o processo de ganho de força, com treino individualizado e direcionado, pode levar ao aumento de massa muscular ou hipertrofia”, diz o nutricionsita.

A contribuição da Vitamina D para o aumento da força muscular

Nós temos receptores da vitamina D em quase todos os tecidos do nosso corpo, incluindo o músculo esquelético. Hugo explica: “a contribuição da Vitamina D no processo hipertrófico está relacionada ao aumento da força muscular, redução de dores musculares, tempo de recuperação, auxílio no bom equilíbrio hormonal e participação no processo de produção de hormônios relacionados a síntese proteica, ou seja, hormônios anabólicos como a testosterona, podendo resultar na melhora da performance e hipertrofia muscular. Constatamos isso principalmente na população idosa, onde observa-se uma melhora na função neuromuscular com a suplementação de Vitamina D, previnindo perda de força e massa muscular e, assim, quedas ou fraturas, possibilitando melhor qualidade de vida e independência para essa população”.

Hugo chama atenção ainda para o desconhecimento da relação de bons níveis de vitamina D na melhora da performance. Isso pode ser um dos fatores que contribuem para o catabolismo, perda de força, de potência, tempo de reação e equilíbrio muscular, dores musculares crônicas, riscos aumentados de lesões ósseas e infecções virais do trato respiratório e baixo rendimento.

Atletas ou praticantes de atividade com risco de deficiência de vitamina D incluem aqueles que:

- Têm baixa exposição ao sol no ambiente de treinamento. Por exemplo, treino no início da manhã e final da tarde ou treino em ambiente fechado

- Têm pigmentação da pele escura

- Vestuário que cobre a maior parte ou a totalidade do seu corpo

- Possuem deficiência física como, por exemplo, membros menores ou amputados

- Têm má absorção gastrointestinal, por exemplo, doença celíaca ou má absorção de gordura

- Têm história familiar de lesão óssea / distúrbios ou deficiência de vitamina D

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