Tipo raro de câncer de mama ataca a pele, diz especialista
Esse tumor requer uma grande quantidade de vasos linfáticos para se desenvolver, por isso acaba ultrapassando a área do nódulo, se sobrepondo na mama
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Dentre os casos de câncer de mama, existe um subtipo raro, agressivo, mas pouco conhecido da população. É o câncer inflamatório de mama, detectado entre 1% e 3% dos casos em todo o mundo, segundo a Sociedade Americana de Câncer. Um carcinoma que envolve a pele e dá a ela um aspecto de casca de laranja. “Esse tipo da doença evolui rapidamente e traz uma reação inflamatória intensa em toda a região afetada”. O alerta é do oncologista Artur Malzyner, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.
Esse tumor requer uma grande quantidade de vasos linfáticos para se desenvolver, por isso acaba ultrapassando a área do nódulo, se sobrepondo na mama. “A pele fica vermelha, inchada e com um aspecto de casca de laranja, além de causar um ardor e um incômodo grande para a paciente”, conta Malzyner.
Há tratamentos paliativos para aliviar o ardor e a queimação na pele da mama, mas o tumor deve ser combatido com quimioterapia ou radioterapia. “É um tipo de carcinoma que, apesar da rápida evolução, tem grandes chances de cura”, explica o oncologista. Após o desaparecimento do tumor, a pele frequentemente volta ao normal.
Artur Malzyner lembra que, em caso de anormalidade, seja na aparição de um nódulo ou uma mancha, é importante a mulher procurar seu médico. “O diagnóstico precoce traz grandes chances de cura”, reforça.
De acordo com dados do Instituto Nacional do Câncer, o INCA, o câncer de mama é o primeiro mais frequente nas mulheres das Regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. Na região Norte, é o segundo tumor mais incidente. A expectativa é que, em 2016, no Brasil, surjam 57.960 casos novos de câncer de mama.
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