Bebês que dormem com os pais têm menor risco de morte súbita
Novas recomendações sugerem que as crianças durmam no quarto dos pais até um ano
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Lifestyle QUARTO
De acordo com as novas recomendações da Academia Americana de Pediatria para prevenção de morte súbita em bebês, as crianças devem dormir no quarto dos pais até pelo menos seis meses de vida e, se possível, um ano de idade. Essa prática diminui em até 50% o risco de morte súbita.
Também é importante ressaltar que a indicação é de que os bebês durmam no mesmo quarto, mas em superfície separada, explica a pediatra e cardiologista infantil Fernanda Viana, do Portal Saúde4Kids. “A recomendação é que a criança até um ano esteja em berço próprio, colchão ou co-sleeper, ao lado da cama dos pais e não junto com os adultos pelo risco de sufocamento”, ressalta.
As taxas de morte súbita ou outros óbitos relacionados ao sono ocorrem mais frequentemente até os seis meses de vida da criança. Por isso, algumas sugestões da Academia Americana de Pediatria, são:
-a criança deve dormir sempre de barriga para cima e em superfície firme até um ano de vida. Essa posição não aumenta o risco de asfixia mesmo nos bebês com refluxo gastroesofágico, sem malformações de vias aéreas. Os bebês só devem ficar de barriga para baixo quando acordados e sob supervisão;
-carrinho e bebê-conforto não são locais seguros para deixar o bebê dormindo;
-a amamentação diminui o risco de morte súbita. O efeito protetor é maior se a ama-mentação for exclusiva;
-após a amamentação, o bebê deve ser recolocado no berço quando o adulto respon-sável for voltar a dormir;
-o local mais seguro para o bebê dormir é o berço apropriado junto à cama dos pais;
-não há evidências que dispositivos para colocar o bebê entre os pais -bercinhos portáteis para colocar na cama- sejam seguros, pois não há estudos que apontem essas recomendações;
-a criança não deve dormir em sofás ou poltronas, pois há maior risco de sufocamento;
-cuidado ao alimentar o bebê em poltronas, sofás ou camas pelo risco de dormir en-quanto alimenta o bebê;
-nenhum travesseiro, lençol, cobertor ou qualquer outro objeto deve estar dentro do berço;
-estudos apontam: risco aumentado de morte súbita em cama compartilhada, especialmente para bebê até quatro meses. Risco aumentado com pais fumantes -mesmo que não fumem na cama ou perto. Risco aumentado quando os pais fazem uso de álcool, drogas ou medicação controlada;
-objetos ou roupas que possam cobrir a cabeça do bebê não são seguros;
-protetores de berço podem ser perigosos pelo risco de sufocamento, assim como as barras do berço que devem seguir as normas de segurança;
-considerar oferecer chupeta na hora do sono, pois apesar de mecanismo não bem conhecido, parece ter um efeito protetor do risco de morte súbita em alguns estudos. Após o sono, ela deve ser retirada do bebê;
-bebês em aleitamento materno exclusivo a introdução de chupetas só deve ser feita após a amamentação estar bem estabelecida. Não há evidência de que chupar dedo tenha o mesmo mecanismo de proteção;
-não devem ser usados acessórios ou fraldas para prender a chupeta ao bebê ou sua roupa na hora de dormir pelo risco de sufocamento;
-aquecer demais o bebê aumenta o risco. Cuidado com o excesso de roupas e o aquecimento excessivo do quarto;
-pré-natal adequado e vacinação da criança conforme recomendação de órgãos oficiais são medidas protetoras;
-usar aparelhos de monitorização cardiorrespiratória não diminui o risco de morte súbita;
-não há evidências que recomendem embrulhar a criança com um “charutinho” para diminuir o risco, podendo até ser perigoso dependendo da maneira como isso é feito.
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