Dor nas mamas: quando é preciso investigar?
O toque da mulher em suas mamas não substitui de maneira alguma os exames convencionais, em especial, acima dos 35 anos
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Lifestyle MASTALGIA
A dor nas mamas (mastalgia) afeta cerca de 60% das mulheres nas diferentes faixas etárias e ocorre, predominantemente, em alguns períodos específicos pela relação com o ciclo hormonal. Desta forma, classifica-se a mastalgia em: cíclica e acíclica.
A mastalgia cíclica ocorre no período pré-menstrual e no inicio da puberdade, associa-se ao aumento do volume das mamas e inchaço por retenção de liquido. Habitualmente inofensiva, determina desconforto de intensidade moderada a forte, que pode atrapalhar as atividades da vida diária.
“Estabelecer uma relação de tranquilidade e confiança com a paciente é fundamental para o seu tratamento, além disso, podemos utilizar óleo de prímula e anti-inflamatórios tópicos para melhorar o desconforto.”, explica a Dra. Telma Regina Mariotto Zakka, ginecologista e membro da Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED).
Em relação às dores acíclicas, ou seja, que não se relacionam ao ciclo hormonal pode ser ocasionais ou continuas, geralmente bilaterais e de localização nos quadrantes superiores das mamas.
As principais causas das dores não mamarias são as de origem musculoesqueléticas, da parede costal ou por irradiação dos membros superiores. Geralmente relacionam-se à prática de exercícios e a musculação excessiva, uso de sutiãs inadequados e traumas locais. Eventualmente, a mastalgia pode surgir na presença de nódulo mamário, por isso é importante afastar a possibilidade de malignidade.
Na presença de nódulos, hiperemia e hipertermia – quando a mama fica vermelha e aquecida -, é imprescindível consultar um médico. “A ação preventiva ideal das doenças da mama, é o autoexame, realizado mensalmente e imediatamente após a menstruação”, alerta a Dra. Telma. Essa conduta possibilita a identificação precoce de algum problema, o que resultaria em diagnóstico mais rápido, melhor prognóstico e maior efetividade de cura.
A ginecologista ressalta, ainda, que: “aquelas que fazem o autoexame conseguem perceber as alterações muito precocemente. Dessa forma, o benefício é maior, assim como a própria evolução do quadro para uma recuperação completa”.
É de suma importância lembrar que o toque da mulher em suas mamas não substitui de maneira alguma os exames convencionais, em especial, acima dos 35 anos. Elas devem manter a periodicidade dos seus exames e realizar a mamografia, conforme indicação médica.
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