IMC não é sempre confiável; veja por quê
Usar o resultado do índice de massa corporal (IMC) como referência para estipular quão saudável alguém está é comum, mas pode ser um grande erro
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O índice de massa corporal (IMC) é um cálculo que se baseia na relação entre o peso e altura de uma pessoa, sendo o primeiro valor dividido pelo segundo. Trata-se da referência dos níveis de massa corporal que uma pessoa tem, dando uma especial atenção aos níveis de gordura (daí o valor ser usado para determinar os níveis de obesidade).
Embora o IMC possa dar uma ideia sobre a possibilidade de uma pessoa estar perto ou longe dos níveis de obesidade (para quem tem IMC acima dos 25), a verdade é que este cálculo, frequentemente usado, não revela nada sobre o real estado de saúde, sobre o peso saudável e sobre a quantidade de massa magra e músculo que a pessoa possui.
Como explica o site Eat This, Not That!, o IMC pode não ser confiável e o primeiro argumento baseia-se no fato de ser um cálculo sem bases científicas. Além disso, e por ser comumente usado, o IMC pode induzir as pessoas ao erro e trazer suposições nada razoáveis, uma vez que não diferencia gêneros, não olha para a distribuição da gordura pelo corpo, não avalia a genética, o estilo de vida, a estrutura óssea... apenas divide o peso pela altura. Dizer que uma pessoa com um IMC entre os 18,5 e os 25 é uma pessoa saudável é um erro, até porque a pessoa pode ser uma "falsa magra", aquele tipo físico com uma estrutura esguia, mas que possui muita gordura acumulada na região abdominal. E como se não bastasse, não revela a real quantidade de gordura que uma pessoa tem no corpo - e com a qual deve realmente se preocupar.
Por se tratar de um cálculo básico, o IMC possui ainda um risco grande de falha no caso das pessoas muito altas ou muito baixas, diz o site, salientando ainda que muitos dos atletas de alta competição podem ser classificados erroneamente como obesos apenas porque possuem um peso elevado por conta da massa muscular. Como o IMC não avalia o tipo de massa muscular, nem sequer distingue músculo de gordura, uma pessoa com muito peso acaba sendo classificada como obesa.
Outro erro associado ao IMC é fato de o peso usado como medição não ser relacionado à saúde metabólica, e que revela muito sobre a qualidade de vida e a saúde de uma pessoa. Um estudo de 2016 – que confirma o que já foi mencionado numa pesquisa de 2013 – aponta que apenas 70% das pessoas com um IMC classificado como saudável possuíam verdadeiramente um índice metabólico saudável.
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