Quem dorme bem tem atitudes mais éticas durante o dia; veja por quê
Segundo pesquisadores americanos, nossa postura ética está ligada ao período que dormimos e acordamos
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Você já imaginou que o sono pode ter influência direta na sua capacidade de ser mais ético ou não? Pois foi isso que um estudo realizado com 200 pessoas, por psicólogos das universidades de Johns Hopkins, Washington, Georgetown e Harvard nos Estados Unidos identificou. O grupo de trabalho examinou a relação entre a tomada de decisão ética e o cronotipo de algumas pessoas - que é quando os indivíduos são mais propensos a querer dormir ou então quando têm mais energia -, basicamente o relógio interno de cada um. Segundo o estudo, indivíduos com hábitos de sono diferentes, como dormir e acordar mais cedo ou ir para cama e levantar mais tarde teriam horários do dia específicos no qual a predisposição a ser honesto é maior.
A ética individual está sujeita às pressões do dia a dia. "Quando estamos descansados, relaxados e com as energias renovadas, temos controle maior, por exemplo, sob a tentação de mentir ou de enganar outras pessoas e em cada pessoa isso ocorre em períodos diferentes do dia, de acordo com o sono", comenta a psicoterapeuta do Núcleo do Renascimento, Maura de Albanesi. Aquelas pessoas que por hábito dormem e acordam cedo, tem no período da manhã, a fase de maior atenção, autocontrole e discernimento. Diferente dos indivíduos que preferem dormir e acordar mais tarde, onde ocorre uma inversão.
Entretanto, mesmo levando em consideração o cronotipo das pessoas, a possibilidade de ser antiético ou não está sujeita, principalmente, à qualidade do sono. "Dormir e acordar mais cedo ou tarde não é necessariamente uma garantia de que se dorme bem. O mau sono compromete nossa capacidade de tomar atitudes corretas, de fazer escolhas, coloca em risco nosso autocontrole, deixando-nos mais irritados, sem paciência. Ou seja, é a qualidade do sono que favorece esse lado antiético", explica a psicoterapeuta.
Durma bem, independente do seu cronotipo
Segundo a psicoterapeuta Maura de Albanesi, problemas relacionados ao sono são decorrentes de ansiedade, quadro depressivo e até problemas neurológicos e em muitos casos podem ser solucionados de maneira simples. "Se a ausência do sono for algo recorrente, é importante procurar ajuda de um especialista. Além disso, tentar evitar certos costumes que favoreçam a insônia como uso em excesso de computadores, tablets e celulares, alimentação equilibrada e fugir de situações de tensão que prejudicam o sono", finaliza Maura.
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