Suplemento de melatonina, o hormônio do sono, é liberado no Brasil
O hormônio do sono é tido como uma alternativa segura aos remédios para dormir
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Com uma lista enorme de benefícios, a melatonina foi liberada para comercialização no Brasil pela ANVISA — Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Luisa Saldanha, farmacêutica e diretora técnica da Pharmapele (que já oferece o produto em sua rede de farmácias de manipulação), explica que a melatonina disponível para manipulação é de origem sintética e traz os benefícios do hormônio produzido naturalmente pelo organismo (pela glândula endócrina pineal). "Por ser secretada no período noturno, age na regulação do sono e na diminuição da temperatura do corpo. Em um ambiente escuro e calmo, os níveis de melatonina do organismo aumentam, causando o sono". Por esse motivo, a reposição via oral da melatonina tem indicação principal em distúrbios do sono e estresse.
De acordo com a farmacêutica, a função mais relevante da melatonina se refere ao controle do ritmo circadiano e da sazonalidade, mas há estudos que evidenciam a ação imunomoduladora, antioxidante, anti-inflamatória e antitumoral. "Com mecanismo de ação ainda não totalmente elucidado, a teoria mais aceita é a de que a melatonina seja capaz de induzir o sono através da redução da temperatura do corpo, por meio da atuação em receptores nos vasos sanguíneos periféricos", conta.
Luisa explica que a melatonina não é viciante e, justamente por não causar dependência química, é considerada uma alternativa segura aos benzodiazepínicos (relacionados à produção de cinco efeitos no organismo: sedativos, hipnóticos, ansiolíticos, relaxantes musculares e anticonvulsivantes). "Não há registros de efeito colateral na literatura; nos Estados Unidos o produto é considerado de uso seguro pelo órgão regulador FDA (Food and Drug Administration)".
A dose recomendada para regulação do sono é de uma cápsula de 3mg e a indicação é tomar à noite, de uma a duas horas antes de dormir. A farmacêutica ressalta que, por se tratar de um hormônio, há a necessidade de prescrição médica.
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