EUA recomenda que mães alimentem bebês de até 6 meses com amendoim
No Brasil, a indicação é de que o bebê recebe alimentação exclusiva de leite materno até completar seis meses
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Lifestyle Alergia
O Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos divulgou um novo guia no qual recomenda ministrar pó ou extrato de amendoim para bebês misturado à comida, antes dos seis meses de vida. Segundo o órgão, a medida ajuda a diminuir drasticamente o número de crianças com alergia alimentar ao amendoim, um dos tipos que mais mata nos EUA, pois, ao entrar em contato com a proteína do amendoim, a criança criaria uma tolerância e não sensibilização. Até 2008, a Academia Americana de Pediatria aconselhava que as mulheres evitassem consumir amendoim durante a gravidez e gestação, sob suspeita de que o hábito elevasse o risco de desenvolver a alergia; contudo, por falta de comprovação científica, a medida foi derrubada.
No Brasil, a medida gera controvérsia, uma vez que os pediatras recomendam que o bebê seja alimentado única e exclusivamente por leite materno e em livre demanda até os seis meses, e com leite materno e outros alimentos até os dois anos. “Ainda temos mais estudos comprovando os benefícios do aleitamento materno exclusivo do que pesquisas a respeito da prevenção de alergia a amendoim”, explica a médica Renata Cocco, professora de alergia e imunologia infantil da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), em entrevista ao UOL.
O amendoim só deve ser introduzido na alimentação do bebê caso a mãe não consiga amamentar exclusivamente por seis meses, afirma a médica Fernanda Luiza de Almeida, do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital do Servidor Público Estadual, em São Paulo. A partir dos seis meses, a criança pode experimentar um pouco de tudo.
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