Volta às aulas: atenção redobrada para proteger crianças de doenças
Cuidados simples podem reduzir em até 40% problemas respiratórios, uma das principais causas de faltas na escola
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A volta às aulas é o início de um novo ciclo de aprendizado para os pequenos, mas também um momento de apreensão dos pais com a saúde dos filhos – já que, no ambiente escolar, é comum que haja propagação de algumas doenças. “Estudos indicam que crianças entre 1 e 3 anos de idade podem apresentar cerca de cinco a 11 infecções virais de via aérea superior ao ano, com redução gradual conforme o crescimento. Esses são os problemas mais frequentes, além de infecções do trato digestivo (as viroses) que causam vômitos e diarreias”, afirma a Dra. Maura Neves, otorrinolaringologista do Hospital da Universidade de São Paulo. Outra questão que merece atenção é o risco de verminoses, uma vez que, na hora da diversão, a criançada costuma colocar as mãos no chão e, no caso das mais novas, levar os brinquedos à boca.
Para blindar os filhos contra essas ameaças, que se acentuam durante o ano letivo, vale fazer um check-list de cuidados e pedir dicas ao pediatra. “Uma alimentação saudável e a manutenção de condições de saneamento básico adequadas são fatores essenciais na prevenção dessas doenças. Já para se proteger contra infecções respiratórias, é importante realizar a higienização nasal com soluções salinas diariamente”, elenca. A especialista ainda destaca que a imunização da criança deve estar em dia. “Temos vacinas contra rotavírus, pneumococo, meningococo, hemofilos, gripe, febre amarela, tuberculose e hepatite A e B. Com a evolução vacinal dos últimos anos, é possível proporcionar aos pequenos uma infância mais segura e livre de infecções”, completa.
No que se refere a doenças respiratórias, pesquisas indicam que o hábito de higienizar o nariz todos os dias reduz as faltas escolares em até 50%. Ainda assim, é importante manter atenção aos sinais que a criança pode apresentar em casos de infecção. “Os quadros geralmente se iniciam com obstrução e congestão, além de coriza e espirros que duram, em média, de 3 a 7 dias, podendo ou não ser acompanhados de febre”, pontua a médica. Nessas situações, recomenda-se que as lavagens nasais sejam intensificadas, a fim de reduzir os sintomas e acelerar a recuperação. As soluções salinas, aliás, devem constar não apenas na maleta de primeiros socorros das mamães, mas também na mochila da criança, para que a limpeza seja feita na escola ou creche.
Antes do início das aulas, ainda é importante garantir que o check-up da criança esteja em dia. Uma atenção especial deve ser dada a exames de visão e audição, já que muitas vezes, alguns distúrbios são imperceptíveis no dia a dia, mas podem causar dificuldades no processo de aprendizagem.
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