Estresse afeta a fertilidade e pode diminuir as chances de gravidez
O estresse pode influenciar particularmente as mulheres que estão ansiosas para engravidar
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O estresse é um problema que afeta o organismo inteiro, podendo causar bruxismo, queda de cabelo, insônia e inúmeros outros sintomas que muitas vezes passam despercebidos na correria do dia a dia. Um novo estudo realizado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Louisville, nos Estados Unidos, veio engrossar a lista dos malefícios do estresse e aponta que ele pode afetar, também, a fertilidade.
A pesquisa monitorou 400 mulheres em idade fértil e detectou que as voluntárias que possuíam altos níveis de estresse tinham 40% menos chance de engravidar. “Os resultados mostraram que o estresse impacta a fase ovulatória do ciclo feminino e servem como alerta de que a saúde psicológica e o bem-estar são tão importantes para a concepção quanto outros fatores de risco, como o fumo, o álcool ou a obesidade”, disse a epidemiologista Kira Taylor, responsável pela pesquisa. Apesar da pesquisa ter sido feita com mulheres, os homens são igualmente afetados pelo estresse.
Isso se dá porque a ansiedade e o estresse modificam o funcionamento da glândula hipófise, localizada no hipotálamo e responsável por produzir os hormônios gonadotrofina e a prolactina, importantes para a ovulação. “Se há irregularidade nestes pulsos, a ovulação pode não acontecer”, explica a ginecologista Carla Iaconelli, especialista em medicina reprodutiva, ouvida pelo UOL.
O estresse pode influenciar particularmente as mulheres que estão ansiosas para engravidar. “São comuns casos de casais saudáveis que tentam engravidar sem sucesso, mas que conquistam seu objetivo quando decidem sair de férias ou param de pensar nisso”, relata o especialista em reprodução humana, Arnaldo Cambiaghi.
No caso de casais saudáveis que tem perfeitas chances de engravidar, o especialista em reprodução humana assistida Paulo Gallo de Sá afirma que o calendário deve ser deixado na gaveta. “Basta ter relações sexuais três vezes por semana”, diz o ginecologista. Para relaxar, vale de tudo: fazer terapia, meditação, ioga, acupuntura, esportes, leitura, jogos, música, viagens, hobbies, qualquer coisa.
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