Tricologia trata alterações capilares como sintomas de doenças
Exame epigenético do fio de cabelo pode apontar predisposições genéticas do organismo
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Na antiguidade, o cabelo era visto apenas como um órgão isolado, um “anexo” do corpo, sem função metabólica. Os tratamentos de saúde eram realizados com loções, vitaminas, bloqueadores enzimáticos (finasterida) e hormonais (anticoncepcionais). Com isso, os resultados eram superficiais, ou seja, não se diagnosticava e nem se tratava a causa da alteração capilar.
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Com a evolução da Tricologia, especialidade que estuda as alterações capilares e conta com profissionais em diversas áreas, verificou-se a importância do cabelo como um termômetro da saúde geral do corpo.
“Quando ocorre uma intoxicação, inflamação, infecção ou alergia há um desequilíbrio nutricional, metabólico e hormonal que redireciona os nutrientes dos órgãos menos vitais – cabelo, pele e unha – para os mais essenciais como cérebro, coração, rins, pulmões etc”, explica a tricologista e terapeuta quântica Elizete Kaffer.
Segundo a médica, existem mais de 2500 causas de alterações no cabelo – cor, volume, estrutura, frizz, diminuição do crescimento, quebra, queda – sintomas que devem ser investigados para diagnosticar doenças que atingem a tireóide, pâncreas, intestino e outras partes do corpo.
Com exames epigenéticos, a Tricologia tem atuado na prevenção de enfermidades. “Não precisamos mais esperar alterações nos exames de sangue e imagem ou ficarmos doentes para depois diagnosticar e tratar as doenças”, completa Elizete.
Nesse caso, basta apenas examinar um fio de cabelo do paciente para detectar predisposições genéticas a infecções, inflamações, toxinas, parasitas, radiações e até incompatibilidade alimentares- isso em poucos minutos.
Para o tratamento, é indicado ao paciente fazer uma mudança no estilo de vida, mudar os hábitos alimentares, o uso de cosméticos, produtos de higiene pessoal, vestuário e, com isso, eliminar elementos negativos que prejudicam a saúde do organismo. “Além dos benefícios a curto e longo prazo, o tratamento permite que os genes da saúde sejam passados e fortalecidos para as próximas gerações”, afirma a terapeuta.