Alzheimer: o que fazer quando idosos não voltam para casa
Casos de desaparecimento de idosos devido a lapsos de memória são mais frequentes do que se pensa
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O desaparecimento de idosos é mais comum dos que se imagina. A 4ª Delegacia de Investigação de Pessoas Desaparecidas registra uma média de aproximadamente 80 desaparecimentos mensais de pessoas com idade acima de 65 anos.
O principal motivo é a desorientação decorrente de doenças como o Alzheimer – doença neuro-degenerativa que acomete as capacidades cognitiva do paciente – ou lapsos de memórias característicos da idade avançada.
Assim, se os familiares notarem que a pessoa vem apresentando esquecimentos frequentes ou dificuldade de memória, como esquecimento de nomes, lugares ou situações é preciso evitar de deixá-la sair desacompanhada, aconselha a delegada Ana Lúcia Lopes Miranda, da 4 ª delegacia.
Muitas vezes a pessoa não admite que está perdendo a capacidade cognitiva e se incomoda com os cuidados dos familiares. Ela cita o exemplo de uma senhora que, apesar da idade avançada, ainda dirigia o seu automóvel.
Os familiares insistiam para que ela deixasse de dirigir o automóvel. Um dia ela saiu com o veículo e demorou para regressar. Os parentes registraram o seu desaparecimento na delegacia e ela foi encontrada 24 horas depois com o carro estacionado em umas das rodovias marginais da cidade, que são as mais movimentadas de São Paulo. Ela apresentava um quadro de bastante de desorientação, sem saber quem era e o que havia lhe acontecido.
Em casos de lapsos de memória é comum os idosos serem encaminhados aos hospitais, que comunicam a delegacia do desaparecimento. Foi o que aconteceu nessa ocasião. De lá, uma assistente social entrou em contato para comunicar que a mulher havia sido encontrada.
A delegacia também registra um caso de desaparecimento não-solucionado envolvendo uma senhora de idade que sumiu durante uma visita à Aparecida, cidade que é famosa no país inteiro por receber constantemente milhares de fiéis católicos. Ela estava acompanhada do marido e o deixou sozinho por uns instantes para comprar uma mercadoria em uma loja de lembranças. Como demorava para voltar, o marido foi procurá-la mas não conseguiu mais encontrá-la.
Assim como as crianças pequenas, é preciso tomar cuidado com os mais velhos em locais de grande movimentação, como shoppings, hipermercados e outros estabelecimentos de maior porte.
Uma situação bastante comum, mais relacionada a problemas que envolvem a integridade física das pessoas mais velhas, ocorre com idosos que costumam ir sozinhos aos bancos para receber benefícios de pensão e aposentadoria. É o perfil mais visado pelos criminosos para assaltos ou sequestros relâmpagos.
Veja a seguir alguns conselhos de Ana Lúcia Lopes Miranda, da 4ª Delegacia de Pessoas Desaparecidas
Fique atenta ao comportamento da pessoa idosa. Evite deixá-la sair sozinha se ela apresentar sintomas de esquecimento e perda de memória.
Insista para que ela leve consigo sempre um documento e que conste da carteira um papel com o nome completo da pessoa e o número de telefone para contato. Por problemas de segurança, não é aconselhável constar o endereço.
Lembre-se que a pessoa pode perder ou ter a carteira furtada. Nesse caso, pense em mandar fazer uma pulseira com o nome da pessoa e telefone para contato.
Cuidado quando for utilizar o transporte público, principalmente o metrô, em razão das portas automáticas, que podem fechar antes de o idoso entrar na composição.
Redobre a atenção em ruas ou locais de grande aglomeração de pessoas.
As informações são do portal do governo do Estado de São Paulo.
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