Nem tinto nem branco, conheça o 'queridinho' vinho laranja
Vinho feito com uvas brancas tem cor que vai do âmbar ao cobre
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Tinto, branco, rosé e verde: para muitos estes são os únicos tipos de vinhos existentes. No entanto, os verdadeiros amantes de vinhos, sommeliers e ávidos degustadores da bebida alcoólica sabem que cada vez mais os Orange Wines estão dominando o mercado. Isso mesmo, os vinhos laranjas existem e, desde o começo dos anos 2000, vem ganhando cada vez mais atenção de especialistas.
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O vinho laranja, que tem uma coloração que vai do dourado até o âmbar e o cobre, é realizado com uvas brancas, mas com um processo semelhante ao do vinho tinto, que usa uma maceração prolongada da uva. Segundo Diego Colarich, um dos principais promotores do evento anual Orange Wine Festival, o suco das uvas obtido da fermentação "permanece por um longo período em contato com as cascas das frutas, tirando dessas os taninos [substância presente nas cascas, folhas e caules da planta responsável por um retrogosto amargo na boca] e a cor alaranjada com tendências ao âmbar".
De acordo com Colarich, "o resultado é um vinho bruto, não filtrado, capaz de exprimir aromas interessantes que evidenciam um trabalho eco-sustentável nos vinhedos, sem nenhum uso de pesticidas". A técnica da produção deste vinho é tão antiga quanto a dos outros tipos da bebida, sendo originária principalmente da região onde hoje se encontra a Geórgia, na Europa. No entanto, só no começo deste século a técnica começou a ser retomada pelo vinicultor italiano Josko Gravner. Assim, países como a Geórgia, Eslovênia e Itália recomeçaram a produzir o "vinho dourado dos deuses". E Itália atualmente é um dos principais produtores da bebida, principalmente na região do Friuli-Venezia Giulia, no nordeste da nação. No entanto, o país continua a ser o último no mercado da bebida. Devido ao seu gosto áspero e ao seu retrogosto amargo, os vinhos laranjas são ótimos para minimizar a oleosidade dos peixes crus.
Por isso, o Japão é um dos países que mais demandam a bebida. Outras nações que também estão interessadas por ela, graças a sua versatilidade na hora da harmonização com pratos, são França, Estados Unidos, Alemanha e Brasil. (ANSA)