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Estrabismo pode afetar portadores de forma física e emocional; entenda

Doença que se caracteriza pelo desalinhamento dos olhos, pode interferir no desenvolvimento da visão, além de ser uma barreira social para os pacientes

Estrabismo pode afetar portadores de forma
física e emocional; entenda
Notícias ao Minuto Brasil

13:10 - 27/06/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle DESALINHAMENTO

Presente entre 3% a 7% da população infantil, o estrabismo é uma doença que vai além do fator estético, podendo levar ao comprometimento da visão se não tratado cedo. O desalinhamento ocorre em sua maioria na infância, mas também pode acometer adultos, principalmente como consequência de outras doenças.

“O estrabismo pode ser corrigido em qualquer idade, mas somente no período da infância é que temos a possibilidade de um desenvolvimento visual mais completo. A doença surge geralmente até os seis meses ou entre 3 e 4 anos, quando é recomendado o início do tratamento. Após os 7 anos a correção do desvio é considerada estética, salvo algumas poucas exceções” afirma o Dr. Fabio Pimenta de Moraes, oftalmologista do H.Olhos Paulista.

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O tratamento precoce evita que haja diminuição da visão no olho afetado (amblíope ou preguiçoso) ou perda da capacidade de ver em 3D. “A correção estética do desvio dos olhos é muito importante também, pois o paciente estrábico pode desenvolver problemas psicológicos, devido à baixa autoestima e bullying”, completa o médico.

Tratamento

Somente a avaliação de um oftalmologista pode indicar o melhor tratamento para cada caso de estrabismo. Os mais comuns são o uso de oclusão (tampão adesivo no olho), óculos, prismas, injeção de toxina botulínica e cirurgia.

“No caso das crianças o tratamento se divide em duas partes: primeiro temos que prevenir a perda da visão e auxiliar no melhor desenvolvimento visual. Em um segundo momento podemos corrigir a posição dos olhos, alinhando o desvio”, acrescenta o Dr. Fábio.

Em adultos

O estrabismo no adulto normalmente é súbito e caso não haja histórico de desvio prévio, normalmente vem acompanhado de visão dupla (diplopia). Na maior parte das vezes é secundário, ou seja, ocorre após alterações neurológicas como AVC, alterações vasculares (diabetes, hipertensão e aneurismas) e tumores. Pode ser também decorrente de outras doenças como Miastenia Gravis, Tireoidite de Graves (hipertiroidismo com bócio) e até em decorrência de alguns casos de alta miopia.

“A doença em adultos não vai prejudicar o desenvolvimento, pois a visão já está estabelecida. No entanto, causará a visão dupla (diplopia) que as crianças raramente percebem. É mandatório investigar a condição de saúde já que frequentemente o estrabismo acontece em decorrência de alguma condição patológica”, afirma o oftalmologista.

Novas tecnologias

Apesar dos tratamentos atuais apresentarem resultados promissores, há novas tecnologias em teste. Nos Estados Unidos, por exemplo, há lentes de óculos de LCD, que podem ficar transparentes ou opacas em ritmos determinados substituindo o tratamento com tampão ou colírios. No entanto, esta tecnologia ainda não está disponível no Brasil e o preço não é acessível.

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