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Antibióticos estão perdendo a guerra contra as ISTs

A OMS já publicou novas diretrizes terapêuticas para o tratamento das duas doenças

Antibióticos estão perdendo
a guerra contra as ISTs
Notícias ao Minuto Brasil

13:57 - 27/07/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Medicação

Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), que até então pareciam sob controle, estão novamente despertando a atenção pelo alto número de novos diagnósticos. No Brasil, dados do Ministério da Saúde apontam que de 2010 para 2015 o número de pessoas com sífilis adquirida, transmitida pela bactéria Treponema pallidum, saltou de 1.249 para 65.878, ou seja, um crescimento de quase 5.000%.

Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) fez também um alerta sobre o aumento de casos de gonorreia em todo o mundo, infecção causada pela bactéria Neisseria gonorrhoea. Preocupa o fato de as bactérias responsáveis por essas infecções se mostrarem cada vez mais resistentes aos antibióticos, medicação usada para o tratamento das duas doenças.

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“Entre as principais ISTs, as bactérias transmissoras da sífilis e a da gonorreia são as que se mostram mais resistentes ao efeito dos antibióticos. Principalmente a Neisseria gonorrhoea. Algumas cepas são tão resistentes que já não se nota mais qualquer reação aos medicamentos”, diz a Bióloga Ana Paula de Arruda Geraldes Kataoka, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).

Contra isso, a OMS já publicou novas diretrizes terapêuticas para o tratamento das duas doenças e também da clamídia, outra IST que tem também se propagado num ritmo mais acelerado nos últimos anos. A Organização reforça ainda a necessidade dos serviços nacionais de saúde monitorarem essa resistência e que aconselhem os médicos a prescreverem antibióticos mais eficazes. Mas, a Bióloga lembra que a melhor e mais eficiente maneira de se prevenir de ISTs ainda é manter o uso de preservativos nas relações sexuais.

“É preciso que as pessoas se conscientizem dos riscos que estão se submetendo quando fazem sexo sem proteção. Estamos passando por um período em que vale o bom e velho ditado de que é melhor prevenir do que remediar. No caso das ISTs, o uso da camisinha é a melhor recomendação”, conclui Ana Paula.

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