Num dia normal a pressão do ar é igual em ambos os ouvidos, com o ar passando facilmente pela trompa de eustáquio. O mesmo não acontece quando estamos no ar, viajando de avião, por exemplo.

A revista Time revela que ainda que a cabine do avião seja pressurizada, rapidamente ela torna-se desigual nos nossos ouvidos e conseguimos sentir isso, sentido os ouvidos entupidos, com estalos ou até dor.

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O mesmo acontece quando se pratica mergulho. Debaixo da água a pressão aumenta e o tubo eustáquio não se adapta a ela suficientemente rápido para não sentir os ouvidos entupidos.

O Dr. Carl Philpott, professor de rinologia e olfatologia na Norwich Medical School na University of East Anglia, na Inglaterra, revelou à mesma revista que o melhor a fazer para aliviar a pressão e a dor é bocejar e engolir a saliva, uma vez que estes movimentos ajudam a abrir o tubo eustáquio.

No caso das crianças, por exemplo, pode-se dar uma chupeta, uma mamadeira ou pirulito para ajudá-las a recuperar a estabilidade da pressão nos ouvidos.

Usar um spray nasal (quando o avião levanta e pousa) ou tomar um descongestionante nasal antes de voar ou mergulhar também pode ajudar a prevenir dores desconfortáveis.

O que acontece se não fizer nada para desentupir os ouvidos nestas situações?

Além de sentir os ouvidos cheios de pressão, para desentupir a trompa de eustáquio, o fluido pode "escorrer para a área das membranas na tentativa de ultrapassar o vácuo", uma condição conhecida como "fluido na orelha", de acordo com a American Academy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery. Raramente isto acontece, mas pode levar ao desenvolvimento de um buraco no ouvido, perda de audição ou tonturas, diz o site do grupo.

As crianças sofrem mais com as alterações de pressão porque têm a trompa de eustáquio mais curta, mas em geral, quem está com o nariz entupido ou tem infeções no ouvidos também será mais afetado.