Idade interfere na fertilidade masculina? Entenda
Pesquisas mostram redução na concentração dos espermatozoides com o passar dos anos
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Até pouco tempo, a relação entre envelhecimento e a incapacidade de ter filhos era sempre ligada à mulher. Entretanto, nos últimos tempos, vem aumentando relatos que comparam a fertilidade masculina no decorrer dos anos da vida.
De acordo com Silvio Pires, urologista da Criogênesis, de fato a idade interfere na fertilidade do homem, mas de maneira menos incisiva que na mulher. “Diversos estudos indicam que, conforme o homem vai ficando mais velho, a testosterona (hormônio sexual masculino) vai diminuindo. No entanto, na grande maioria dos casos, essa queda não altera a fertilidade, apenas a frequência de espermatozoide produzido e a quantidade de líquido ejaculado, mas nada que seja tão significativo a ponto de deixá-lo infértil”, esclarece.
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O especialista ainda comenta que, apesar da infertilidade masculina ser desconhecida na maioria das vezes, o uso de drogas e álcool são indutores. “Outros fatores também podem desencadear o problema, como por exemplo, a exposição a substâncias tóxicas, como medicamentos usados em quimioterapia e a radiação ionizante. Além disso, infecções que levam à inflamação dos testículos também podem estar envolvidas, como exemplo a varicocele, outra importante causa de alteração da função testicular”, informa.
PRESERVAÇÃO DA FERTILIDADE
Para os homens que preferem postergar a paternidade, uma opção para impedir que as mutações genéticas interfiram em uma gestação é o congelamento de espermatozoides. “As amostras são congeladas em um meio crioprotetor – que impede a formação de cristais e reduz os danos que o congelamento causa às células – e mantidas em nitrogênio líquido à temperatura de -196ºC, podendo permanecer congeladas por tempo indeterminado”, explica Dr. Silvio.
A técnica também é muito indicada para pacientes oncológicos. “Tumores no testículos, linfoma, leucemia ou outros tipos de câncer podem causar alterações na produção de espermatozoides ou mesmo alguma lesão à função testicular, também interferindo na fertilidade. Portanto, é imprescindível congelar o material antes de iniciar o tratamento, pois este sêmen pode, com consideráveis taxas de sucesso, ser utilizado futuramente para tratamento de reprodução assistida (inseminação intrauterina ou fertilização in-vitro (FIV)) possibilitando a paternidade” finaliza o urologista.