7 dicas para uma higiene ocular correta
Especialista orienta sobre os principais cuidados ao limpar os olhos
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Lifestyle Saúde ocular
A limpeza da região ocular, além do fator estético, é fundamental para retirar o acúmulo de oleosidade e evitar quaisquer tipos de infecções no local. Entretanto, muitas pessoas não se atentam a essa higienização ou a realizam de maneira incorreta. Essa falta de cuidado pode causar inflamações ou até mesmo um quadro clínico mais grave, comprometendo a visão. Com o objetivo de alertar e prevenir problemas, o Dr. Ibraim Viana Vieira, oftalmologista do H.Olhos Paulista, elenca sete importante dicas para a correta limpeza dos olhos. Confira.
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Lave cílios e pálpebras com água, soluções para limpeza ocular ou xampu neutro
A higienização externa, compreendendo cílios e pálpebras, é importante para remover a oleosidade em excesso produzida pelas glândulas da borda palpebral, pois o acúmulo de gordura leva à inflamação local, risco de obstrução dessas glândulas (hordéolo/terçol) e aumento do número de bactérias. O oftalmologista recomenda apenas o uso de soluções oculares específicas ou xampu neutro, pois agridem menos os tecidos dos olhos.
Remova sempre toda a maquiagem
Dormir de maquiagem ou mantê-la na região por períodos muito prolongados facilita a obstrução das glândulas de gordura palpebrais e pode gerar inflamação local, irritação da conjuntiva e da córnea. A remoção deve ser realizada com produtos adequados para não afetar os olhos.
Evite colocar as mãos nos olhos, principalmente sem lavá-las ou depois de utilizar álcool gel
A mão pode trazer diversos corpos estranhos aos olhos, desde agentes alergênicos (poeira e pelos de animais), passando pelos agentes químicos (ácidos e álcool), até contaminantes, como vírus e bactérias. Não coçar os olhos com as mãos sujas é um fator importante para diminuir o risco de infecções.
Colírios podem manter a lubrificação da superfície ocular, mas só o oftalmologista pode identificar o tipo e a frequência adequados
É imprescindível consultar um oftalmologista antes de utilizar qualquer tipo de colírio, seja do tipo lubrificante sem conservantes, lubrificante com conservantes ou vasoconstritores. Estes últimos são muito usados para reduzir o aspecto avermelhado dos olhos por contrair os vasos sanguíneos da região, mas sua utilização em longo prazo pode trazer efeitos colaterais. A automedicação e o uso indiscriminado desses colírios podem levar o paciente a ter conjuntivite química e ceratite medicamentosa. Efeitos mais graves como olho vermelho crônico por efeito rebote e hipertensão arterial também podem ser observados.
Evite compartilhar objetos de higiene pessoal, como lenços e toalhas de rosto
Existem doenças que podem ser transmitidas dessa forma, como as conjuntivites virais e bacterianas, nas quais a transmissão ocorre por contato, e o compartilhamento de objetos pessoais, inclusive de colírios, favorece o contágio.
Evite a aplicação de água boricada e soro fisiológico na superfície ocular
O ideal é sempre optar pelos produtos mais semelhantes possíveis à lágrima. A água boricada não deve ser utilizada, pois apresenta ácido bórico em sua composição e pode gerar uma piora dos sintomas de inflamação em alguns pacientes. O soro fisiológico, apesar de se parecer mais com a lágrima, ainda pode ser lesivo à mucosa ocular e à córnea, sendo preferível a utilização de colírios lubrificantes.
Tenha cuidado com o manuseio de lentes de contato. Lave-as apenas com soluções adequadas e respeite o tempo de troca.
Existem produtos específicos para higiene das lentes que permitem a retirada de resíduos que causam irritação ocular e eliminam bactérias, fungos e protozoários que podem causar infecções graves.
O grande perigo devido ao mau uso das lentes é a infecção por acantameba, protozoário encontrado na água de torneira ou em soluções de soro fisiológico (após um período de abertura da embalagem) não armazenadas adequadamente e que muitas vezes são utilizadas de maneira incorreta por usuários de lente de contato. A ceratite por acantameba normalmente envolve um tratamento longo, de no mínimo seis meses, e pode levar à redução significativa da visão do paciente.
Um ponto de atenção é em relação ao tempo de troca, que deve ser realizada conforme a orientação do fabricante. Usá-las por um período prolongado aumenta os riscos de infecção e de “rejeição” à lente em longo prazo. Mais um destaque é que lentes de ciclo mais curto reduzem o risco de infecções.