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10 perguntas que os pais não devem fazer aos filhos

Não há uma fórmula matemática para educar as crianças, mas existem alguns conselhos dos especialistas

10 perguntas que os pais não devem fazer aos filhos
Notícias ao Minuto Brasil

13:23 - 13/09/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Educação

As crianças estão em constante desenvolvimento - físico e mental - e pequenos hábitos durante a infância podem ter repercussões inimagináveis na vida adulta. Uma criança que, por exemplo, é criada numa espécie de 'bolha', tem tendência a ser uma criança que terá dificuldade em lidar com a falta de atenção na vida adulta. E uma criança que é compensada com comida corre sérios riscos de ser obesa com o avançar da idade.

Parte do desenvolvimento saudável de uma criança depende dos hábitos diários que são estipulados e também da boa relação com os pais. Contudo, essa mesma relação está dependente das ações que os progenitores têm, não fossem as crianças uma espécie de 'esponja' que absorve tudo o que vê à sua volta.

Tal como existem frases que os pais devem evitar dizer, existem também perguntas que os pais devem evitar fazer, segundo o El Mundo.

'Quem você prefere, o papai ou a mamãe?'. Esta é uma das questões mais comuns dentro de uma casa e uma das que maior impacto negativo pode ter numa criança, pois a resposta (mesmo que seja honesta) vai soar ao menor como uma espécie de maldade, podendo sentir-se culpada e mal por preferir um ao outro. "É normal que os filhos tenham mais sentimentos com um progenitor do que com o outro dependendo da etapa evolutiva em que se encontram", explica a psicóloga Sandra Granados.

Apesar do objetivo ser mostrar simpatia e boa educação, a pergunta 'por que você não dá um beijinho em tal pessoa?' pode ter um mau impacto na criança, que se sente obrigada a ter contato físico com quem não quer. Para a especialista, "os adultos são carinhosos com quem querem e as crianças têm que aprender o mesmo".

A velha pergunta 'o que quer ser quando crescer?' até pode parecer inofensiva, mas diz a Psicologia que ela pode fazer com que as crianças entendam que só as profissões que implicam formação é que são boas para a criação de uma identidade. Durante a infância, mais vale perguntar sobre as brincadeiras que mais gostam de ter com os colegas de escola.

'O que quer jantar hoje?' é também uma questão comum, contudo, o poder de decisão não pode ficar na criança, sob a pena de não conseguirem, posteriormente, aceitar outras opiniões. O ideal é optar pelo modelo de negociação.

Tal como dizer 'você é uma criança má', questionar a criança sobre o seu comportamento deve também ser evitado. A simples pergunta 'por que você sempre se comporta tão mal' pode levar o menor a pensar que os pais não gostam dele tal como é, afetando a própria auto-estima. Também a questão 'quem começou a luta?' pode levar a um sentimento de injustiça e tristeza na criança.

'Gosta de mim?'. A pergunta é inofensiva e até espelha afeto por parte do pai ou da mãe, que mostra à criança que valoriza os seus sentimentos, contudo, há sempre o risco de a criança ver essa pergunta como um comportamento que deve ser adotado, acabando por não espelhar os seus sentimentos de livre e espontânea vontade, mas apenas quando lhe são pedidos.

Quanto à destreza da criança, perguntar se 'quer que eu faça isso para você?' é um erro, pois a criança facilmente se habitua a não realizar tarefas que lhe competem.

Já no que diz respeito à intimidade, dizem os especialistas consultados pelo El Mundo que as  perguntas: 'tem namorado/a?' e 'teve relações sexuais'? não devem ser feitas, no caso dos adolescentes. Embora tenham um impacto diferente, estas duas questões afetam o bem mais valioso de um jovem: a intimidade. Além disso, podem entender tal como uma pressão.

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