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Idosos sentem mais disposição quando interagem socialmente

Para envelhecer com saúde exige planejamento desde cedo

Idosos sentem mais disposição quando interagem socialmente
Notícias ao Minuto Brasil

15:00 - 02/10/17 por Notícias Ao Minuto

Lifestyle Saúde

Há alguns anos a Organização das Nações Unidas (ONU) vem alertando para o fenômeno do envelhecimento populacional, que acontece em todo mundo e também no Brasil. Segundo a ONU, em 1950 existiam 250 milhões de indivíduos com mais de 60 anos no planeta. Em 2000, esse número quase triplicou, somando 606 milhões de pessoas. Em 2050, serão aproximadamente dois bilhões de idosos. Envelhecer é a grande conquista da humanidade, de acordo com a avaliação do geriatra da Unimed-BH, Estevão Alves Vale.

“Pouco a pouco as pessoas vão descobrindo novas possibilidades de aproveitar a vida e que é possível ser feliz em qualquer idade. A morte logo após a aposentadoria já deixou de fazer sentido”, comenta. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as projeções populacionais do Brasil evidenciam o avanço do envelhecimento da população. Um dos indicadores é a expectativa de vida que, de acordo com o Instituto, era 71,2 anos em 2003 e passou para 74,9 anos em 2013. “Ainda estamos em uma geração que não se preparou para essa expectativa de vida prolongada, mas também já observamos muitos exemplos de idosos extremamente ativos. A busca por uma vida plena deve começar cedo, com cuidados com a saúde, socialização e poupança para o futuro”, orienta o geriatra da Unimed-BH, que conta com 15% de idosos na carteira.

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Na Cia Athletica de Belo Horizonte, os idosos correspondem a 11% dos alunos matriculados. Além condicionamento físico, a maioria busca um auxílio na prevenção e tratamento de doenças. Professora aposentada, Maria do Socorro Vale, de 80 anos, não consegue ficar parada. Conhecida como dona Lia, faz aula de zumba, musculação, hidroginástica, alongamento, ritmos e treinamento funcional na academia. “Já quebrei o cotovelo, a costela, tive várias fraturas no braço. E a atividade me ajuda a recuperar e a não ter dores. É um pacote completo: saio de casa, me relaciono, e não dependo de ninguém - nem mesmo emocionalmente. Dirijo para todo lado e me encontro com amigos para jogar buraco duas vezes por semana. Idoso se ficar dentro de casa só arruma doença”, avalia. Outra paixão de dona Lia são as viagens. Já conheceu países da Europa como Alemanha, Turquia, foi diversas vezes a Portugal e Espanha. “Tenho um grupo na academia e muitos se animam a me acompanhar. Uma vez fui para a Turquia e 24 pessoas foram comigo”, lembra.

A convivência com outras pessoas é um ponto fundamental para que o idoso seja inserido na sociedade, mas além disso manter a busca por conhecimento permite que ele possa continuar se desenvolvendo. Na busca por se manter ainda mais ativa, Vânia Krauss, de 68 anos, passou a frequentar a Escola da Maturidade, projeto que reúne pessoas com mais de 50 anos para que descubram uma nova forma de ver e viver a vida. “Na Escola da Maturidade eu me reinvento e aprendo o tempo todo. Quando me aposentei, há seis anos, dei sequência à várias atividades, mas queria aprender novas coisas e o UniBH me proporcionou isso. Além das aulas teóricas como espanhol, cultura e arte, eu também faço aulas ligadas ao movimento. Agora, por exemplo, estou animada com o Taichi, que me ajuda no equilíbrio físico e mental me dando grande prazer”, conta.

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