Rinoplastia: especialista esclarece 7 mitos e verdades
Esclarecimento das dúvidas é importante para quem está interessado em se submeter ao procedimento
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A rinoplastia, conhecida popularmente como cirurgia plástica no nariz, é um procedimento muito realizado para melhorar desproporção entre o nariz e a face. Ela também pode ser feita em conjunto com outras técnicas para melhorar a respiração, como em pacientes que necessitam fazer a correção do septo nasal ou a retirada de parte dos cornetos nasais (carne esponjosa). Porém, essa técnica pode gerar muitas dúvidas.
Por isso, o otorrinolaringologista da Clínica Dolci em São Paulo, Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, explica o que é mito ou verdade sobre esse assunto.
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A cirurgia pode ser realizada em qualquer idade. Mito! O ideal é que seja realizada após o segundo estirão da criança que corresponde por volta dos 15 anos de idade para as meninas e 16 anos para os meninos, pois é quando se atinge a forma nasal de adulto, e, além disso, o próprio paciente já tem uma melhor compreensão sobre as possibilidades e expectativas do procedimento.
O otorrinolaringologista é um especialista que pode realizar esta cirurgia. Verdade! O otorrino especializado em rinoplastia está apto para realizar essa técnica, já que lida frequentemente com as estruturas nasais. Muitas vezes, no mesmo procedimento é possível agregar a correção de problemas respiratórios e, com isso,garantir uma melhora estética nasal e funcional.
Os resultados da rinoplastia são imediatos. Mito! Assim como em qualquer outra cirurgia estética facial, o paciente precisa ter paciência e seguir a risca as orientações sugeridas pelo seu médico no pós-operatório, pois o resultado final aparece por volta de seis meses após o procedimento, porém com um mês já ocorre uma melhora drástica, sendo possível ter um ideia de como ficará o resultado final.
O procedimento não deixa cicatriz aparente. Verdade! Quando realizada a técnica fechada, não deixa cicatriz evidente no paciente, pois os cortes necessários para a realização do procedimento são pequenos e na maioria das vezes são feitos nas partes menos expostas da pele, porém existe a técnica aberta, na qual, o paciente apresenta uma discreta cicatriz em região da columela, quase imperceptível quando bem executada.
É fundamental estar ciente dos cuidados no pós-operatório. Verdade! Os resultados de uma rinoplastia não dependem somente do médico, mas também do comportamento da paciente durante o pós-cirúrgico. Por isso, o indicado é não tomar sol durante um a dois meses, manter repouso durante sete dias, evitar assoar ou esfregar o nariz, não usar óculos até que seja autorizado, entre outras indicações do especialista que devem ser seguidas rigorosamente.
É possível identificar quem se submeteu a uma rinoplastia. Mito! Desde que o procedimento seja realizado por um especialista que tenha competência e entendimento do que seria o seu resultado ideal não é possível ver que a pessoa fez a cirurgia. O importante é sempre respeitar a harmonia do rosto do paciente.
A rinoplastia pode ser realizada mais de uma vez. Verdade! Quando o primeiro procedimento, seja por questão estética ou funcional, não atinge a expectativa desejada pelo paciente, pode ser realizado um segundo procedimento, chamado de rinoplastia secundária ou de reparação.
“É fundamental que durante o planejamento para esse procedimento o indivíduo opte por um cirurgião que seja especialista em rinoplastia. É também imprescindível a realização de algumas consultas antes que a cirurgia seja realizada para um melhor esclarecimento de dúvidas, queixas e das possibilidades de mudanças atingidas, e o paciente deve estar seguro e confiante no médico, tornando-se primordial a relação médico paciente", finaliza Dolci.
O especialista
Dr. Ricardo Landini Lutaif Dolci, é sócio da Clínica Dolci - Otorrinolaringologia e Cirurgia Estética Facial, em São Paulo; Professor Instrutor de Ensino do Departamento de Otorrinolaringologia da Santa Casa de São Paulo; Membro titular da Associação Brasileira de Otorrinolaringologista e Cirurgia Cervico-Facial; Membro da Comissão de Comunicação da Sociedade Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial; Doutorando pela Ohio StateUniversity (OSU/USA) e Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.