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Gravidez: cerca de 8% das mulheres sofrem de pré-eclâmpsia

Esta é uma complicação que se não diagnosticada rapidamente pode trazer riscos a vida da gestante e do bebê

Gravidez: cerca de 8% das mulheres sofrem de pré-eclâmpsia
Notícias ao Minuto Brasil

19:00 - 08/07/18 por Notícias Ao Minuto

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Durante a gestação todo cuidado é pouco, já que existem algumas doenças perigosas que podem colocar em risco a vida da futura mamãe e do seu bebê. Uma delas é a Síndrome de Hellp - complicação que, embora também ocorra isoladamente, é um agravamento do quadro de pré-eclâmpsia.

“A Síndrome tem um conjunto de indícios que podem ser facilmente confundidos apenas com a pré-eclâmpsia, devido aos sintomas serem muito parecidos, como aumento da pressão arterial, inchaço, cefaleia, náuseas e vômitos. Porém, ela possui um sinal característico que é uma dor perto da boca do estômago e as complicações podem ser bem mais graves se não for diagnosticada precocemente”, explica a obstetra de São Paulo, Dra. Maria Elisa Noriler.

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Estima-se que cerca de 8% das mulheres que já têm pré-eclâmpsia, podem desenvolver a Síndrome de Hellp. As gestantes com predisposição para desenvolver a doença são as que sofrem de lúpus ou diabetes, complicações crônicas dos rins e coração. A Síndrome reduz as funções hepáticas e o número de plaquetas no sangue, além da hemólise, que é a destruição dos glóbulos vermelhos no organismo.

“Essas alterações colocam em risco a vida da mãe, pois pode apresentar quadros de hemorragia, de edema agudo do pulmão, falência cardíaca, insuficiência renal e problemas no fígado. Já o feto pode sofrer complicações devido ao descolamento da placenta, prematuridade , e insuficiência respiratória e ainda o possível aparecimento da Deficiência de LCHAD, problema que pode prejudicar o seu desenvolvimento no futuro”, conta a obstetra.

A doença é diagnosticada por meio de exames clínicos laboratoriais e algumas alterações indicam a presença da Síndrome, tais como: alterações das enzimas hepáticas e queda na contagem das plaquetas. "O tratamento aconselhável dependerá da idade gestacional da mãe. Ele pode ser realizado com o uso de medicamentos, internação para acompanhamento pelo obstetra e controle dos sintomas e, em casos mais graves, a interrupção da gravidez, independente da fase gestacional", explica Maria Elisa.

Atualmente, não se tem conhecimento de nenhum tratamento especifico que previna a doença, porém o diagnóstico precoce eleva as probabilidades de que mãe e bebê sobrevivam. “Se a gestante apresentar qualquer sinal da Síndrome de Hellp, deve-se procurar rapidamente seu médico para que ele realize o diagnóstico e tome as medidas necessárias para evitar que o caso evolua para um estado mais crítico", finaliza a especialista.

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