Temporada de cruzeiros no Brasil terá o maior navio da história
Com capacidade para 5.331 passageiros e seis meses de atividades, o Seaview comporta mil pessoas a mais por viagem que o segundo maior navio do verão
© Jamie Morrison / Unsplash (Imagem ilustrativa)
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O Brasil está prestes a receber o maior navio de cruzeiros da sua história. Em 17 de novembro, o MSC Seaview parte de Marselha, na França, para atravessar o Atlântico e chegar ao Rio. A embarcação é a novidade da temporada de cruzeiros no país, que vai de novembro até o final de março.
Com capacidade para 5.331 passageiros e seis meses de atividades, o Seaview comporta mil pessoas a mais por viagem que o segundo maior navio do verão, o MSC Fantasia. Depois de uma parada no Rio, a embarcação segue para Santos, de onde parte seu primeiro cruzeiro nacional, em 7 de dezembro. O Seaview fará roteiros pelo litoral de Santa Catarina, do Sudeste e do Nordeste, de 3 a 14 noites, partindo de Santos e Salvador.
Esses dois portos estão sendo preparados desde o começo do ano para receber o navio, segundo o diretor-geral da MSC, Adrian Ursilli. Funcionários da empresa trabalham em conjunto com os terminais para garantir que a entrada e a saída dos viajantes ocorra normalmente.
"Vamos receber os passageiros com mais transporte, mais funcionários nos terminais e mais equipamentos de raio-x", afirma. A temporada 2018/2019 de cruzeiros no país terá o mesmo número de embarcações do ano passado: seis, sendo três navios da MSC, dois da Costa e um da Pullmantur. Mesmo assim, o número de vagas neste verão será 15% maior em comparação com 2017/2018. No total, quase 499 mil passageiros vão passar pela costa brasileira durante a temporada. Para aumentar a capacidade, além de trazer cruzeiros maiores, as companhias vão prolongar a temporada e fazer mais viagens por navio, o que vai resultar em um acréscimo de 60 mil leitos -é como se tivesse uma embarcação a mais no litoral.
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"Não é mágica, é mais tempo de temporada e mais itinerários vendidos", afirma Marco Ferraz, que é presidente da Clia Abremar, associação brasileira do setor.
"É uma forma mais sustentável de crescer. Em 2019, vamos terminar a temporada no final de março e, em 2020, a ideia é ir até abril", diz Alex Calabria, gerente de vendas e marketing da Costa.
A empresa repete neste ano os navios gêmeos que trouxe no ano passado, Fascinosa e Favolosa, que podem levar 3.800 passageiros cada um. A temporada não terá novas escalas. Testadas no ano passado, as paradas em Balneário Camboriú e Porto Belo, em Santa Catarina, foram bem-sucedidas e entram com mais força nos roteiros. De acordo com Ferraz, novas paradas podem ser incluídas no próximo ano. Ele diz que há negociações para viabilizar escalas em Arraial do Cabo (RJ), que já foi parada dez anos atrás, além de Vitória (ES), Guarapari (ES), Itaparica (BA), Morro de São Paulo (BA) e Aracaju (SE).
Os cruzeiros temáticos, para públicos segmentados, continuam como opção de viagem para a temporada. A Costa vai promover o Emoções em Alto Mar, com Roberto Carlos, a 25ª edição do cruzeiro fitness, a 17ª do cruzeiro de bem-estar e a 16ª do Dançando a Bordo, que deve ganhar uma versão italiana no próximo ano.
Há ainda as viagens fretadas por artistas, igrejas e empresas. É um cruzeiro desses que inaugura a temporada, em 24 de novembro. O cantor Wesley Safadão e amigos famosos, como Bell Marques e Thiaguinho, comandam o MSC Fantasia por quatro noites. Itajaí (SC) vai entrar para a rota dos cruzeiros no período de 2019/2020.
O porto será local de embarque do MSC Sinfonia, em viagens que também podem começar em Buenos Aires e Montevidéu. A temporada que se inicia no próximo ano terá sete navios no país, um a mais do que neste ano. A MSC já programou o Seaview, o Fantasia, o Poesia e o Sinfonia. A Pullmantur deve seguir com o Soberano, e a Costa continua com dois navios, mas é provável que haja troca de embarcações.Tanta antecedência no planejamento é comum nos cruzeiros.
Hoje, por exemplo, já dá para adquirir pacotes para a temporada 2019/2020, e a compra antecipada é acompanhada de promoções, parcelamento e upgrades de cabines. A possibilidade de se planejar é um dos atrativos desse tipo de viagem, mesmo com a economia conturbada.
"A escalada do dólar atrapalha o consumidor, mas os brasileiros não deixam de tirar férias, só adaptam suas viagens. Eles diminuem a duração ou escolhem roteiros com tudo incluído, como é o caso do navio Soberano", diz Orlando Palhares, gerente de cruzeiros marítimos da CVC. Com informações da Folhapress.