No dia do combate ao estresse, medicina integrativa reforça autocuidado
Doenças do sistema cardiovascular e digestivo, enxaquecas, síndrome do pânico e depressão são algumas das alterações do estado de saúde
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Lifestyle Alerta
O próximo domingo, 23 de setembro, é o dia do Combate ao Estresse. Uma data relevante considerando que o Brasil é o segundo país mais estressado do mundo, segundo a Associação Internacional de Controle do Stress (Isma). Ainda de acordo com a entidade, 72% dos trabalhadores brasileiros são estressados.
Doenças do sistema cardiovascular e digestivo, enxaquecas, síndrome do pânico e depressão são algumas das alterações do estado de saúde relacionadas a esse desequilíbrio do organismo. O autoconhecimento e o autocuidado são essenciais para a identificação e prevenção do estresse, conforme explica o médico da família e consultor da Weleda, Dr. Fabrício Dias.
“O constante estado de alerta gerado pelo estresse mantém um nível anormal de hormônios como a adrenalina e os coticosteróides, que causam ao longo do tempo uma tensão extra sobre o coração e as artérias. Isso pode ocasionar a elevação dos níveis pressóricos”, afirma o médico, que tem especialização em Medicina Antroposófica – prática que leva em conta não apenas o quadro clínico, os sintomas, os exames físicos e laboratoriais, mas toda a história de vida do paciente trazendo, assim, uma visão abrangente e de maior qualidade para a pessoa tratada.
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Além de uma boa alimentação, sono de qualidade e a prática de exercícios físicos, que estão associados ao autocuidado, Dias também destaca que atitudes relacionadas à maturidade emocional também ajudam na prevenção do estresse.
“Conhecer os limites pessoais e prezar para que eles sejam respeitados pelas outras pessoas, por exemplo, são comportamentos saudáveis. Assim como saber ter equilíbrio entre os momentos de lazer e os de trabalho”, diz o médico ao ressaltar que a vida profissional deve trazer ao indivíduo um significado e um sentido de realização pessoal.
Dias explica que existem quatro níveis de estresse, sendo um deles necessário para o corpo humano. “O eustress mantém a saúde preservada e a produtividade máxima. Porém, existem outros três patamares que levam à alteração do organismo: o hipostress – em que a pessoa não sente mudanças no corpo, mas não produz porque está muito relaxada – o hiperstress, quando o indivíduo começa a sentir modificações, como baixa de imunidade, o que pode abrir portas para uma gripe oportunista ou outras infecções, além de gastrite, dores de cabeça e outras – e o último estágio é o o burnout, a completa exaustão psíquica e mental da pessoa”, afirma o especialista.
Segundo o consultor da Weleda, os sintomas do estresse são individuais e podem variar, por exemplo, de acordo com a população (culturas diferentes) e gêneros (homens e mulheres agem diferentemente perante uma situação estressante). “Mas, de uma maneira geral, podemos dizer que alterações do humor como irritabilidade; perda da libido; insônia; cansaço excessivo; compulsões alimentares e dores de cabeça são os efeitos iniciais mais comuns”, completa Dias.
“A Medicina Integrativa com ênfase na Antroposofia mostra vários caminhos ao paciente que sofre de estresse para que ele possa, por meio do equilíbrio e da consciência sobre os seus processos vitais, escolher a melhor via para alcançar a cura, atingido um bem-estar”, finaliza o médico.