Sangramento na gravidez é mais comum do que se imagina
Contudo, é preciso ter atenção ao quadro
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Os sangramentos durante a gravidez costumam gerar pânico entre as gestantes. Todavia, de acordo com a ginecologista e obstetra Dra. Erica Mantelli, diferente do que a maioria pensa, o sangramento é muito comum e nem sempre indica um problema grave que possa comprometer a saúde do bebê.
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Segundo a médica, é normal acontecer um pequeno sangramento durante as primeiras semanas de gestação. Isso pode significar apenas uma acomodação do saco gestacional, estrutura que abriga o embrião no primeiro momento. “Se estes sangramentos persistirem por alguns meses, pode ser um sinal de deslocamento do saco gestacional. Neste caso, é necessário fazer um acompanhamento rigoroso, ficar em repouso ou até mesmo utilizar inibidores de contração uterina. O sangue normalmente sai aos poucos e tem uma coloração marrom escura. Em casos de aborto espontâneo, pode acontecer um fluxo mais intenso, apresentando coágulos. Isso tudo acompanhado de cólicas”, ressalta.
Outras causas para um sangramento anormal neste período é a placenta baixa ou prévia. Isso se dá quando a placenta instala-se próximo ao colo do útero e não na posição média. Essa situação requer acompanhamento de perto para evitar possíveis complicações na gravidez e no parto.
Na reta final da gestação, os casos de sangramento costumam preocupar por despertarem a suspeita de um deslocamento de placenta, quadro grave que pode levar à hemorragia e interromper o fluxo de nutrientes e o oxigênio do bebê. Em alguns casos, é necessário realizar uma cesárea de emergência. “Também no terceiro trimestre é possível ocorrer um tipo de sangramento causado pela perda do tampão, proteção natural contra a entrada de bactérias. Isso indica que o parto está próximo. Entretanto, se confirmada essa hipótese, não é necessário correr para o hospital porque o nascimento do feto ainda pode demorar alguns dias”, conclui a ginecologista.