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Brasil desenvolve molécula para quem sofre de insuficiêcia cardíaca

Especialista explica quais as principais causas da patologia

Brasil desenvolve molécula para quem sofre de insuficiêcia cardíaca
Notícias ao Minuto Brasil

08:58 - 01/04/19 por Notícias Ao Minuto

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O estilo de vida moderno e nossos hábitos nem sempre saudáveis podem acabar deixando o coração em apuros. Quando cansado e sobrecarregado, o órgão não consegue mais trabalhar corretamente e acaba não dando conta do recado: é o que acontece nos casos de insuficiência cardíaca, quando o coração não consegue mais bombear o sangue como deveria. Os últimos dados levantados pela Associação Americana do Coração mostraram que em 2014 eram 6,5 milhões de casos de insuficiência no país, com a previsão de que esses casos crescerão 46% até 2030, chegando a atingir cerca de 8 milhões de pessoas.

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O que sabemos da insuficiência cardíaca é que geralmente ela também está associada a outras doenças cardiovasculares. Os sintomas são confusos e surgem logo após o coração começa a falhar, aparecendo aleatoriamente e devagar: falta de ar, dificuldade para respirar, palpitações, fadiga, fraqueza, desmaios, pulso irregular, tosse, perda de apetite e dificuldade em se concentrar.

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, a insuficiência cardíaca é uma doença grave e causa grandes impactos na vida do paciente. "Quando a insuficiência é diagnosticada, é importante que o paciente esteja ciente da sua seriedade, já que é necessário readequar o seu estilo de vida ao tratamento da doença, pois não tem cura", comenta o especialista.

Um recente estudo do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo desenvolveu uma molécula que pode aumentar a qualidade e a expectativa de vida de quem sofre com a insuficiência. A molécula foi testada em ratos que apresentavam a condição e, em apenas em seis semanas, a doença foi estabilizada e o quadro regrediu, aumentando a capacidade do coração se contrair. A melhora da contração do músculo cardíaco também foi apresentada quando a molécula foi testada em células cardíacas humanas.

Apesar da gravidade da doença, o cirurgião cardiovascular não recomenda que o paciente deixe de praticar atividades físicas. "Os exercícios são benéficos ao coração: relaxam os vasos e melhoram o fluxo sanguíneo, podendo ajudar as pessoas que sofrem com a doença. Desde que a consulta com o cardiologista esteja em dia, exercícios de baixo impacto são muito bem recomendados a esses pacientes, como a caminhada e o yoga", incentiva o médico.

Para evitar a insuficiência cardíaca, é preciso tomar vários cuidados com o organismo em geral. "A prevenção da insuficiência é a mesma para todas as outras doenças cardiovasculares. É preciso focar em uma boa alimentação, acompanhado de exercícios físicos diários, e deixar de lado todos os hábitos prejudiciais à saúde. Os principais fatores de risco para as complicações cardíacas são o tabagismo, o sedentarismo, maus hábitos alimentares, hipertensão, alto colesterol e diabetes desregulada", finaliza o cirurgião.

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