Países europeus querem manter sanções à Coreia do Norte
"Falar sobre nossas medidas de autodefesa no Conselho apenas fortalecerá a nossa vontade de defender nossa soberania", alertou o diplomata norte-coreano
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Mundo Coreia do Norte
Os membros europeus do Conselho de Segurança das Nações Unidas pediram hoje a continuação das sanções internacionais impostas à Coreia do Norte, depois de uma reunião à porta fechada que foi criticada por Pyongyang. "As sanções internacionais devem permanecer em vigor e serem total e estritamente aplicadas", diz um comunicado, lido pelo embaixador francês Nicolas de Rivière, dos seis membros europeus: Bélgica, Alemanha, França, Polónia, Reino Unido e Estónia, que passará a integrar aquele órgão a partir de 1 de janeiro de 2020.
Na segunda-feira, durante uma reunião com jornalistas, o embaixador norte-coreano nas Nações Unidas, Kim Song, criticou Paris, Berlim e Londres, insurgindo-se contra a realização de uma sessão do Conselho de Segurança sobre os testes dos mísseis norte-coreanos.
"Falar sobre nossas medidas de autodefesa no Conselho apenas fortalecerá a nossa vontade de defender nossa soberania", alertou o diplomata norte-coreano, enquanto as negociações entre os Estados Unidos e seu país estão num impasse.
A reunião de hoje foi convocada por Berlim, Paris e Londres devido à sua "profunda preocupação coletiva" após o disparo a 02 de outubro de um míssil que caiu na zona econômica exclusiva do Japão e outros disparos efetuados no final de agosto, especifica a declaração dos seis países europeus.
"Estas ações provocativas comprometem a segurança e a estabilidade regional e violam claramente as resoluções do Conselho de Segurança", acrescentaram os europeus, pedindo a Pyongyang que retome de "boa fé" as negociações com os Estados Unidos.
"As decisões do Conselho de Segurança são claras: a Coreia do Norte tem a obrigação de abandonar os seus programas de armas de destruição em massa e mísseis balísticos de maneira completa, verificável e irreversível", salientam.
Os norte-coreanos estão sujeitos a três regimes de sanções econômicas adotados em 2017 pelas Nações Unidas para interromper os programas de armas nucleares e balísticas. As sanções incluem restrições às importações de petróleo e proibições às exportações norte-coreanas de carvão, peixe e têxteis.