Venezuela deve mais de US$ 3.700 mi a companhias aéreas
Em 2003, o país adotou um apertado sistema de controle cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira
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Mundo Iata
A Venezuela deve mais de 3.700 milhões de dólares às companhias aéreas internacionais, de acordo com comunicado da Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA). Segundo o documento, "o dinheiro bloqueado foi gerado a partir da venda de bilhetes de avião, na Venezuela, e está sendo retido em violação dos tratados internacionais".
A Venezuela tem um complicado sistema de controle cambial que dá ao Governo venezuelano o poder para "ditar quando e quantos ingressos podem repatriar as companhias aéreas".
Para a IATA, a "difícil" situação econômica venezuelana "não pode servir de desculpa" para atrasar o pagamento dos capitais gerados pelas operações, sendo "injusto para as companhias aéreas e um inconveniente para os passageiros que são vítimas de uma debilitada rede de conexão aérea".
Durante a 71ª Assembleia-Geral Anual, em Miami, o diretor-geral da IATA, Tony Tyler, apelou ao Governo venezuelano "para trabalhar com a indústria aérea para solucionar o problema", insistindo que Caracas "deve tomar as rédeas do assunto de maneira imediata, para solucionar esta situação insustentável".
Segundo ele, as companhias aéreas estão obrigadas a vender na Venezuela as passagens aéreas a uma taxa de câmbio de 12 bolívares por cada dólar norte-americano "e a realizar pagamentos por uso do aeroporto a uma taxa flutuante que habitualmente é maior que 199 bolívares por dólar". Por isso, é preciso estabelecer uma taxa única de câmbio para a venda de bilhetes e para o pagamento de taxas.
Em 2003, a Venezuela adotou um apertado sistema de controle cambial que impede a livre obtenção de moeda estrangeira no país e obriga as companhias aéreas a ter uma autorização específica para poderem repatriar os capitais gerados pelas suas operações.