Cinco mortos em protestos contra aumento dos combustíveis no Equador
De acordo com a Cruz Vermelha, as manifestações já provocaram pelo menos 122 feridos em uma semana.
© .
Mundo Equador
Cinco civis, incluindo um líder indígena, morreram nos protestos nacionais no Equador pela retirada do subsídio de combustível e o anúncio de reformas econômicas e laborais, indicou hoje uma organização nacional de defesa dos direitos humanos.
Os dados são da 'Defensoría del Pueblo', uma instituição nacional de defesa dos direitos humanos, e dizem respeito a confrontos entres manifestantes e forças da ordem desde que os protestos começaram, há uma semana.
"A primeira vítima é um homem que foi esmagado no domingo na província de Azuay (sul). As outras quatro morreram em Quito [capital do Equador]", explicou uma fonte da instituição.
Segundo a organização, Inocencio Tucumbi, líder indígena da província de Cotopaxi, morreu durante a manifestação de quarta-feira em Quito. A causa de morte não foi especificada.
O balanço anterior apontava para um morto e 766 detenções.
"Pedimos ao Governo que acabe com a violência e garanta o direito de manifestar pacificamente", diz o comunicado da instituição.
De acordo com a Cruz Vermelha, as manifestações já provocaram pelo menos 122 feridos em uma semana.
Oito polícias foram retidos hoje por nativos equatorianos mobilizados em Quito, segundo a agência de notícias France-Presse. Os membros das forças policiais, sete homens e uma mulher, foram apresentados em público durante um encontro de manifestantes no norte da capital.
O Presidente equatoriano, Lenin Moreno, vai tentar hoje retomar o diálogo com a comunidade indígena indignada, após a manifestação em Quito.
No início de outubro, o Governo adotou uma reforma que acabou com os subsídios aos combustíveis, o que aumentou os preços em mais de 100%, levando os manifestantes a exigir que seja revogada a medida.
Os protestos já levaram o Presidente a assinar um decreto de "estado de exceção" , na terça-feira, que restringe a liberdade de circulação das pessoas e a proibição de andarem na rua a determinadas horas e nas áreas próximas ao Governo e a instalações estratégicas.