A polícia de Hong Kong deteve uma décima pessoa pela suspeita de fabricar explosivos, em um caso supostamente ligado a um grupo político "radical" e que ocorreu nas vésperas da votação da polêmica reforma do sistema eleitoral.

As autoridades da antiga colônia britânica não descartam a possibilidade de realizar mais detenções depois que descobriram, nesta segunda-feira (15), de potentes explosivos.

Um homem de 58 anos foi detido "sob a suspeita de fabricação de explosivos" na noite de segunda-feira, elevando para dez o número de suspeitos: seis homens e quatro mulheres, todos locais com idades entre 21 e 58 anos.

Alguns dos detidos afirmaram ser membros de um "grupo radical local", mas a polícia indicou que uma investigação está em curso. Caso sejam condenados, arriscam uma pena máxima de 20 anos de prisão.

As detenções aconteceram a poucos dias da votação, pelo Conselho Legislativo da proposta de reforma eleitoral que define a metodologia da eleição do chefe do Executivo da Região Administrativa Especial chinesa.

A proposta de lei prevê a introdução do voto universal nas eleições para o chefe do Executivo em 2017, mas só depois de uma pré-seleção de dois a três candidatos, que ficaria sob a responsabilidade de um comitê composto por 1.200 membros.

No passado, Pequim tinha prometido à população de Hong Kong que ela seria capaz de escolher o seu líder em 2017. Por isso, esse anúncio desencadeou um forte movimento de contestação.