Há muita discussão em relação à mão que se usa para escrever. Nos primeiros anos de vida, os dois lados do corpo precisam de ser igualmente bem desenvolvidos, mas, a partir dos três anos, a maioria das crianças deve conseguir distinguir qual é a sua mão ‘preferida’ ou mais forte, explica o site australiano Kid Spot.

Os investigadores notaram que as crianças que vão para o infantário sem ter escolhido a 'mão de eleição' para escrever e realizar atividades podem ter mais dificuldades de aprendizagem comparativamente às crianças que já decidiram que mão preferem usar.

A potencial relação entre a mão com que escrevem e a aprendizagem: a questão da mão que se usa para escrever está relacionada com o desenvolvimento do cérebro.

O nosso cérebro divide-se em dois hemisférios, esquerdo e direito, e a partir do momento em que identificamos qual é a nossa mão dominante, um desses hemisférios parece tomar um papel liderante e o outro, um papel categórico. Sendo que, nos canhoto, o hemisfério esquerdo fica mais desenvolvido e nos destros o mesmo acontece com o hemisfério direito do cérebro, como defendem vários estudos. Ainda assim isto não acontece em todas as pessoas.

Quando a criança vai para um ambiente escolar sem ter definido a mão dominante pode ficar confusa quando tem de escolher uma das mãos para desenhar, por exemplo, o que pode criar algumas dificuldades de aprendizagem, que nada têm a ver com a inteligência.

Os pais podem ajudar os filhos a tentar perceber qual é a sua mão dominante. Prepare atividades para o seu filho que façam com que este se foque no corpo e não só na mão que deve usar. Seja jogando futebol, para perceber que pé usa para chutar, ou rodando um peão, para perceber que mão escolhe.