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"Meu pai queria me entregar ao ISIS para ser morto", conta homossexual

Taim é homossexual e teve que fugir de sua casa, com a ajuda da mãe, para não ser entregue ao Daesh pelo próprio pai

"Meu pai queria me entregar ao ISIS para ser morto", conta homossexual
Notícias ao Minuto Brasil

16:50 - 24/07/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo EI

O tema não é novo: já há muito tempo que o autodenominado Estado Islâmico (EI) divulga o seu ódio pelos homossexuais da forma mais cruel. Perseguições, ameaças e assassinatos são gravados em vídeo e divulgados através da internet.

Os vídeos de homens sendo atirados de edifícios altos como pena pela acusação do “crime” de serem homossexuais tornou-se regular. As vítimas são atiradas de mãos atadas e olhos vendados, acabando por morrer com a queda (se não morrem desta forma, uma multidão acaba o ‘trabalho’ apedrejando-os).

A BBC reporta a história de um jovem que quase sofreu o mesmo destino. Taim, um estudante de 24 anos, é filho de um homem extremamente religioso que percebeu a orientação sexual do filho quando este tinha 14 anos.

Taim sabia que era moralmente errado ser gay em sua cultura e então decidiu consultar um terapeuta assim que entrou para a faculdade, onde lhe foi indicado que procurasse apoio dos amigos.

Quando um dos amigos do estudante descobriu que sua orientação sexual, a vida de Taim mudou de forma drástica: foi atacado a caminho de casa, agredido violentamente no banheiro da faculdade e sofreu várias ameaças.

Quando elementos do Daesh bateram à porta de sua casa, exigindo aos pais que o entregassem pois era um infiel e homossexual, o seu pai disse-lhe que o entregaria com gosto se aquilo fosse verdade.

A mãe, prevendo o que se seguiria, foi quem o ajudou a fugir. Depois de várias complicações, Taim conseguiu chegar a Beirute, cidade onde se encontra atualmente. Já recebeu ameaças pelo Facebook, onde um anônimo (que ele acredita ser o tio) afirma que a honra da família iria ser lavada.

Taim sublinha, à mesma publicação, que agora só quer acabar os estudos e levar uma vida normal. Ele sabe, no entanto, o que fica para trás: um dos seus amigos já morreu, atirado de um prédio. E sabe que muitos outros sofrerão o mesmo destino, às mãos do grupo extremista.

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