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ONU alerta para risco de "banho de sangue" no noroeste da Síria

A escalada no conflito levou a ONU a aumentar para 500 milhões de dólares o pedido de financiamento para enfrentar a crise.

ONU alerta para risco de "banho de sangue" no noroeste da Síria
Notícias ao Minuto Brasil

19:15 - 24/02/20 por Notícias ao Minuto Brasil

Mundo Síria

Os combates no noroeste da Síria aproximam-se "perigosamente" de acampamentos onde vivem cerca de um milhão de refugiados, havendo o risco de um "banho de sangue", alertou hoje a ONU em Genebra. O coordenador regional adjunto para as operações humanitárias na Síria, Mark Cutts, disse ainda que as Nações Unidas estão tentando duplicar a entrega de ajuda através da fronteira turca, passando de 50 para 100 caminhões por dia.

"Os combates estão chegando agora perigosamente perto de uma zona onde mais de um milhão de pessoas vivem em tendas ou abrigos improvisados", declarou.

"Há um risco real de banho de sangue", adiantou Cutts à imprensa.

A escalada no conflito levou a ONU a aumentar de 330 milhões de dólares para 500 milhões de dólares o pedido de financiamento para enfrentar a crise, indicou.

Segundo Cutts, a ONU enviou 1.200 caminhões com ajuda para a região em janeiro e outros 700 desde o início de fevereiro.

"A realidade é que não é suficiente. Mal conseguimos dar resposta às necessidades de rações alimentares de emergência, tendas, cobertores e produtos para enfrentar o inverno", assinalou.

Cutts indicou que o pessoal humanitário está "sobrecarregado", armazéns foram saqueados e 77 instalações médicas, incluindo hospitais, foram danificados pelos combates.

O regime de Damasco, apoiado pelo seu aliado russo, lançou em abril e intensificou em dezembro uma ofensiva no noroeste contra o último grande bastião 'jihadista' e rebelde, na província de Idlib e zonas limítrofes.

Os bombardeamentos diários dos pró-regime nos últimos dois meses àquela região obrigaram a um êxodo sem precedentes desde o início da guerra no país, que causou milhões de deslocados e refugiados e matou mais de 380.000 pessoas desde 2011.

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