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O maior crematório de Milão encerrou hoje devido ao afluxo de corpos que não teve capacidade para incinerar, anunciou hoje o município da capital da Lombardia. De acordo com o último balanço oficial, a pandemia do coronavírus vitimou 760 pessoas nas últimas 24 horas na Itália, incluindo 366 na Lombardia, a região mais duramente atingida.
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Desde o início da pandemia, mais de metade das mortes na Itália (7.960 num total de 13.915) foram contabilizadas nesta região do Norte, e o principal núcleo econômico da península.
O principal crematório de Milão tem-se confrontado "com um aumento constante e progressivo de corpos que aguardam cremação", prosseguiu o município.
Os responsáveis municipais indicaram ainda que o prazo de espera é de 20 dias.
No caso de aumento deste prazo, a situação "provocaria problemas de higiene e sanitários", segundo o município, que indicou que a estrutura não aceitará mais corpos durante um mês.
O município precisou que 2.155 morreram em março, contra 1.224 no mesmo período de 2019.
Em Bérgamo, outra cidade da Lombardia e a mais atingida da Itália, os corpos foram transportados por caminhões militares em direção a outras regiões do país para serem incinerados.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia de covid-19, já infectou um milhão de pessoas em todo o mundo e já provocou 50 mil mortos.